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ERC lança na 5.ª feira em consulta pública sobre projeto estratégico para mandato

Lusa,

No total, foram 10 os eixos apresentados por Helena Sousa que constam no projeto que será colocado em consulta pública na quinta-feira, sendo a modernização da ERC um dos principais.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) apresentou à comissão parlamentar de Comunicação o projeto de 10 eixos estratégicos para o mandato 2023-2028 e vai lançar na quinta-feira uma consulta pública sobre o mesmo.

Ouvida na comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, a presidente da ERC, Helena Sousa, mostrou disponibilidade do regulador para a comunicação social para colaborar com os deputados em várias mudanças legislativas para o setor da comunicação.

No total, foram 10 os eixos apresentados por Helena Sousa que constam no projeto que será colocado em consulta pública na quinta-feira, sendo a modernização da ERC um dos principais.

A ERC precisa de se adaptar, precisa de se modernizar, precisa de se capacitar em termos de meios, de competências, para responder a esta transformação, que é uma transformação profunda“, afirmou.

“Neste quadro eu diria que há muito a fazer e aquilo que há para fazer no quadro do digital é absolutamente transversal a toda a atividade da ERC”, acrescentou, sobre o que considerou ser “o primeiro grande desafio” ao longo de todo o mandato.

Noutros campos, Helena Sousa sublinhou a necessidade de uma colaboração com os legisladores para a alteração e reformulação de “uma parte” da legislação que precisa de se adaptar às novas realidades tecnológicas — tanto na própria ERC, como na legislação em vigor.

A ERC sozinha não pode regular bem sem os instrumentos necessários para o mundo em que vivemos hoje“, sublinhou.

O reforço do alcance da reguladora foi também abordado pela presidente como alguns dos pilares deste mandato, pretendendo-se reforçar o papel da ERC entre os reguladores nacionais e internacionais, aproximar a entidade dos regulados e dos seus representantes, mas também desenvolver redes com a academia e centros de investigação.

A nível estrutural do próprio regulador, Helena Sousa sugeriu que deve haver um desenvolvimento e promoção de financiamento adequado às competências da ERC.

Junto da sociedade, pediu um maior combate à desinformação e a promoção da literacia mediática, sendo que esta deve ser dirigida “a todos os públicos” e não apenas a crianças ou mais jovens.

Junto do jornalismo, esclareceu que dois dos eixos assentam sobre a contribuição para a promoção da qualidade do jornalismo e sobre a sustentabilidade do setor.

Helena Sousa considerou que o setor da comunicação social precisa de apoio e que é possível fazê-lo “com critério, com rigor, com exigência, com independência”.

Ao mesmo tempo, registou que deve haver “mecanismos de autorregulação e de corregulação“, num diálogo transversal entre os vários intervenientes no setor da comunicação social e do jornalismo.

A autorregulação não é suficiente, nós precisamos de desenvolver mecanismos de autorregulação e de corregulação, e, por isso, parece-nos absolutamente fundamental trabalhar com sindicatos de jornalistas, com a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e com outras entidades que possam contribuir para o desenvolvimento de um jornalismo mais exigente”, defendeu.

O projeto para o mandato plurianual será lançado para consulta pública na quinta-feira.

Assim, “a ERC irá lançar a consulta pública sobre este projeto, com o propósito de permitir um debate e reflexão transparentes e alargados, a toda a sociedade portuguesa, sobre as prioridades do regulador dos media para os próximos anos“, refere um comunicado hoje divulgado pelo regulador, após a audição no parlamento

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