Força Aérea e Neuraspace lançam telescópio ótico em Beja
Objetivo do projeto, financiado em 25 milhões de euros pelo PRR, é garantir a segurança no espaço, evitando a colisão entre satélites ou com detritos espaciais.
A Neuraspace, empresa aeroespacial portuguesa, inaugurou esta terça-feira o primeiro telescópio ótico em Portugal, que resulta de uma parceria com a Força Aérea Portuguesa. O projeto, instalado na Base Aérea N.º 11, em Beja, contou com um financiamento de 25 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em comunicado, a Neuraspace, sediada no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, explica que o objetivo do telescópio é “melhorar a segurança e a sustentabilidade do espaço exterior” e prestar “serviços complementares” a todas as empresas que operam no domínio aeroespacial.
Além disso, a empresa refere que permitirá “acrescentar valor” à Plataforma de Gestão de Tráfego Espacial da Neuraspace — que atualmente monitoriza mais de 300 satélites –, ajudando a “realizar operações espaciais seguras e evitar colisões com detritos espaciais e outros satélites”.
Quanto à parceria com a Força Aérea Portuguesa, o telescópio ótico, que “permitirá seguir objetos com elevada fiabilidade”, irá “reforçar as capacidades de Portugal nas áreas de Space Situational Awareness (SSA) e Space Surveillance and Tracking (SST) e a sua especialização no apoio ao avanço da segurança espacial“, detalha a empresa.
Esta parceria com a Neuraspace insere-se na estratégia de capacitação espacial da Força Aérea, que apoiará no conhecimento situacional espacial e desse modo contribuirá para o Space INTEL.
Em conjunto com as suas capacidades de Inteligência Artificial, o telescópio vai também permitir à Força Aérea Portuguesa “otimizar a análise de dados espaciais, transformando informações complexas em conhecimentos valiosos para fins de defesa e proteção civil“.
“Esta parceria com a Neuraspace insere-se na estratégia de capacitação espacial da Força Aérea, que apoiará no conhecimento situacional espacial e desse modo contribuirá para o Space INTEL, que alavancará superioridade de informação e, por inerência, valor operacional”, afirma o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Cartaxo Alves, citado no comunicado.
Já a diretora-geral da Neuraspace, Chiara Manfletti, dá conta de que “poucas horas após a sua instalação, o telescópio já provou ser fundamental no apoio a vários clientes através da fase crítica Launch and Early Orbit Phase (LEOP), onde os operadores dependem fortemente da precisão exata para a localização de objetos”.
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