Media

Jornalistas contra corte de publicidade na RTP

+ M,

65% dos jornalista inquiridos na 3ª Sonda +M / Central de Informação consideram que a decisão "pode colocar em causa a sobrevivência" da RTP. Globalmente, o plano para os media é considerado positivo.

A grande maioria dos jornalistas inquiridos na terceira edição da “Sonda +M / Central de Informação” está contra o corte de publicidade na RTP. Dos 78% dos inquiridos que se dizem contra a medida, 65% consideram que a decisão “pode colocar em causa a sobrevivência” da estação. 13% apontam outra razão para ser contra a medida, sendo esta também percentagem de inquiridos que se diz favorável à decisão.

“O setor é pequeno e não suporta a concorrência do Estado” foi o motivo evocado por 9% dos jornalistas para serem a favor do fim da publicidade na RTP1.

Mas apesar da discordância relativamente a esta medida, o Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado na semana passada pelo Governo, é aprovado pelo painel. 61% dos inquiridos consideram o documento “positivo”, com 4% a classificá-lo mesmo como “muito positivo”, precisamente a mesma percentagem que o classifica como “muito negativo”. Já 9% consideram que o Plano não terá impacto e 22% dizem ser “negativo”.

Já no que se refere às medidas mais positivas do documento, 31% apontam o “desconto de 50% nas assinaturas digitais” como a mais relevante. Segue-se o “prémio de contratação de jornalistas” e a “oferta de uma assinatura a estudantes do secundário”, referidas, cada uma, por 22% dos jornalistas do painel. O “reforço do capital público na Lusa” é apontado por 9%. Segue-se, com 4% cada, a “distribuição de jornais no interior do país”, o “aumento do porte pago” e a “integração das plataformas digitais nas soluções para o setor”.

Os dados surgem como resultado da terceira edição da “Sonda + M / Central de Informação”, barómetro de media composto por 49 jornalistas portugueses em cargos de edição, de mais de 30 órgãos de comunicação social portugueses de âmbito nacional. O período de auscultação desta edição decorreu entre 9 e 15 de outubro de 2024 e obteve uma taxa de resposta de 47%. A Sonda é uma iniciativa do +M, do universo ECO, e da Central de Informação.

 

O painel fixo, que tenderá a aumentar, é composto por Afonso de Melo (Jornal Sol); Ana Maria Pimentel (Sapo24); Ana Maria Ramos (TSF); André Veríssimo (Eco); António José Gouveia (Jornal de Notícias); António José Teixeira (RTP); Carla Jorge de Carvalho (Rádio Observador); Catarina Folhadela (SIC); Catarina Santos (Rádio Renascença); Cristina Fernandes Ferreira (Agência Lusa); Dírcia Lopes (Forbes Portugal); Dulce Neto (Observador); Elsa Pereira (Notícias ao Minuto); Filomena Lança (Jornal de Negócios); Hugo Silva (Jornal de Notícias); Isabel Cunha (Antena1); Ivo Neto (Público); Joana Petiz (Novo), João Fernando Ramos (TVI/CNN Portugal); João Luís Sousa (Vida Económica); João Pedro Barros (Expresso); Joaquim Ferreira (SIC); Jorge Oliveira da Silva (RTP); José Pedro Frazão (Rádio Renascença); Luís Avelãs (Jornal Record); Luís Castro (RTP); Luísa Meireles ( Agência Lusa); Manuel Carvalho (Público); Manuel Fernandes Silva (RTP); Manuel Molinos (Jornal de Notícias/Global Media Group); Maria João Babo (Jornal de Negócios); Maria João Cunha (Rádio Renascença); Maria Teixeira Alves (Jornal Económico); Mónica Silvares (ECO); Nuno Simas (Agência Lusa); Paula Oliveira (TVI/CNN Portugal); Paula Rebelo (RTP); Pedro Araújo (Jornal de Notícias); Pedro Santos Guerreiro (TVI/CNN Portugal); Rafael Barbosa (Jornal de Notícias); Ricardo Santos Ferreira (Novo); Rui Frias (Diário de Notícias); Rui Loura (TVI/CNN Portugal/Mais Futebol); Rui Tavares Guedes (Visão); Sandra Sá Couto (RTP); Sara Belo Luís (Visão); Vanessa Cruz (Observador); Vasco Rosendo (TVI/CNN Portugal); Vítor Santos (Jornal O Jogo).

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