CDS apresenta candidatos e deixa aviso para Lisboa. Coligação com Menezes em Gaia anunciada por Melo

Convenção autárquica do CDS-PP neste sábado confirma novos nomes centristas para as autárquicas. No Conselho Nacional realizado esta semana, Nuno Melo confirmou apoio a Luís Filipe Menezes em Gaia.

Numa “corrida” eleitoral em que parte com três maratonistas em final de carreira autárquica nos municípios que lideram, o CDS-PP escolheu manter-se a solo nas seis câmaras onde tem a presidência e posiciona-se em coligações com várias geometrias ao longo do país. A maior câmara do país continua a ser um caso em aberto, não só por ainda não haver um anúncio oficial do atual presidente, Carlos Moedas, como pela possibilidade deixada neste sábado pelo líder centrista de abandonar a coligação Novos Tempos, formada em 2021.

Neste sábado, o partido liderado por Nuno Melo realizou a sua convenção autárquica num dos municípios que lidera, Albergaria-a-Velha, onde ficou um aviso para Lisboa. Citado pela Lusa, o líder do partido afirmou: há coligações que neste momento estão vigentes e nós percebemos que os tempos mudam, e pode ser conveniente que, em alguns casos, outros parceiros entrem. Agora, quando entrando outros parceiros, o CDS continue a ser respeitado no sentido de poder continuar a exercer mandatos, como vinha fazendo (…) naturalmente que essas coligações poderão acontecer”.

Adicionalmente, referiu aos jornalistas que “onde o CDS desempenha com relevância o poder autárquico, expressando os seus valores nesses mandatos, e para entrarem outros, o CDS tem que sair, ou tem que baixar, não tendo a expectativa de exercer esses mandatos (…) então naturalmente aí o CDS concorrerá sozinho”.

Há coligações que neste momento estão vigentes e nós percebemos que os tempos mudam, e pode ser conveniente que, em alguns casos, outros parceiros entrem. Agora, quando entrando outros parceiros, o CDS continue a ser respeitado no sentido de poder continuar a exercer mandatos, como vinha fazendo (…) naturalmente que essas coligações poderão acontecer.

Nuno Melo

Presidente do CDS-PP

Em causa, a possibilidade aventada nos últimos dias de a Iniciativa Liberal se juntar aos Novos Tempos, exigindo lugares. Adicionalmente, o vice-presidente eleito em 2021 pelo CDS, Filipe Anacoreta Correia, admitiu no início do mês que se sente um independente, o que cria a perspetiva de os centristas ficarem sem a vice-presidência da autarquia, à qual chegaram como prémio pelo resultado obtido em 2017, quando Assunção Cristas foi a segunda mais votada na capital, com 20,6%, ficando o PSD com uns humilhantes 11,2%.

Neste sábado, o CDS apresentou-se com recandidatos e também novos nomes, como o de Carlos Coelho, a quem cabe a tarefa de substituir António Loureiro, presidente desde 2013. De saída deste que foi o município escolhido pelo CDS-PP para a convenção autárquica, Loureiro poderá estar a caminho de Sever do Vouga, concelho que ao longo de 32 anos foi governado pelo PS e pelo CDS-PP, tendo o social-democrata Pedro Lobo ganho a batalha eleitoral de 2021.

Além de Albergaria-a-Velha, também nas demais autarquias lideradas pelo CDS – Oliveira do Bairro, Ponte de Lima, Santana, Vale de Cambra e Velas, nos Açores – haverá candidaturas próprias, anunciou o presidente, Nuno Melo, esta semana, à saída do Conselho Nacional, em declarações avançadas pela Lusa e confirmadas pelo ECO/Local Online junto do partido.

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, apresentou neste sábado novos nomes de candidatos do partido, a solo ou em coligação, na corrida às autárquicas de 12 de outubro

A força partidária liderada por Nuno Melo aprovou 37 coligações ao longo do país, segundo noticiou a Lusa e o ECO/Local Online confirmou junto do partido, incluindo com Luís Filipe Menezes, em Gaia, um apoio na tentativa deste de regressar ao lugar que ocupou entre 1997 e 2013 – apesar de o PSD não ter ainda confirmado a coligação. Nesse ano, Eduardo Vítor Rodrigues assumiu a autarquia da margem esquerda do Douro, tendo saído há algumas semanas devido a um caso de peculato. Agora, pelo PS irá a votos João Paulo Correia, ex-secretário de Estado da Juventude e do Desporto.

O CDS-PP repetirá uniões incumbentes em várias câmaras, como é o caso de Coimbra. Na capital do Mondego, o social-democrata José Manuel Silva voltará a reunir em torno do seu nome o o CDS-PP, Iniciativa Liberal, Nós, Cidadãos!, PPM, Volt e MPT.

Como grande opositora, a coligação terá pela frente a ex-ministra socialista Ana Abrunhosa, numa outra coligação, liderada pelo PS.

Apesar de ainda não ter surgido o anúncio oficial da recandidatura de Carlos Moedas em Lisboa, o CDS-PP mantém, segundo a Lusa, negociações no sentido da reedição da coligação que governa na capital, os Novos Tempos, segundo afirmou, à saída do Conselho Nacional, o líder centrista e ministro da Defesa.

Outras batalhas eleitorais, em coligação, para as quais o CDS-PP se prepara decorrerão em Cascais, Elvas, Matosinhos, Odivelas, Famalicão, Castelo Branco, Caldas da Rainha, Amarante, Maia, Estremoz, Barreiro, Alcochete, Montemor-o-Novo, Vila Verde, Oliveira do Hospital e Covilhã, na maioria ao lado do PSD. Na Covilhã, o candidato CDS/IL irá lutar contra o PSD, que em 2021 esteve ao lado destes dois partidos, e agora irá às urnas a solo.

Nota: notícia atualizada às 19h00 de sábado com lista de novos candidatos. Declarações sobre Lisboa e atualização de título às 20h10

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