Lisboa testa resposta a catástrofes. Saiba para onde ir num sismo ou tsunami

Exército e Câmara de Lisboa testaram o plano de fuga da população para pontos de abrigo no período imediato após uma catástrofe. Veja aqui onde estão os 86 pontos de emergência.

A Câmara Municipal de Lisboa e o Exército realizaram esta terça-feira um teste ao plano de proteção da população em caso de catástrofe natural ou acidentes com potencial destrutivo. Com base num plano apresentado há cerca de um mês, o primeiro teste de esforço decorreu na Alameda D. Afonso Henriques, um dos dois primeiros locais a receberem as necessárias estruturas, ainda em outubro — o outro foi a Alameda das Universidades, no Campo Grande.

Com a intervenção do Exército e do Serviço Municipal de Proteção Civil, em colaboração com as juntas de freguesia, a ação teve por objetivo validar a capacidade de resposta dos designados pontos de encontro de emergência e também dos locais conhecidos por zona de concentração e apoio à população.

A cidade conta com 86 pontos de emergência pensados para acolher a população em situação de acidentes graves ou catástrofes e preparados para a receção de meios de socorro. Com uma área total útil de 90 hectares, estes locais terão, segundo o estudo revelado pela autarquia há cerca de um mês, capacidade para 600.641 cidadãos.

(texto continua após mapa)

 

Refere o mesmo documento que Lisboa tem 546 mil habitantes – dos quais cerca de 50 mil trabalham ou estudam noutro município –, a que se juntam 409 mil munícipes de concelhos vizinhos e que trabalham ou estudam na capital. Adicionalmente, há uma média diária de 30 mil turistas, o que perfaz um total de 951 mil pessoas, mais de 50% acima da capacidade instalada nos pontos de encontro. Contudo, e conforme realça o estudo, há diferentes realidades populacionais mediante as horas do dia, os dias da semana e até os meses do ano.

Como riscos na capital estão identificados fenómenos nada inusuais, como precipitação forte e rajadas de vento, e outros com frequência rara na história centenária lisboeta, como sismos e tsunamis. No caso de precipitação ou ventos fortes, tal como nos demais, são consideradas situações que resultem em “perda de habitação para grande parte da população”. Há ainda notas relativas a acidentes aéreo, fluvial e ferroviário, colapsos de tuneis e pontes, e ainda incêndios de grandes proporções.

Os 86 locais de acolhimento da população foram estabelecidos de acordo com algumas premissas, como a amplitude do local, a inexistência de estruturas que possam colapsar sobre a população e a proteção do esperado avanço das águas em caso de tsunami, por exemplo. Espaços verdes, praças com mais de 200 metros quadrados, campos de futebol, parques de estacionamento e campus de faculdades são os pontos-chave.

A população deverá aguardar ali pelas equipas responsáveis por fazer o encaminhamento para a designada Zona de Concentração e Apoio à População. Nelas, as autoridades deverão prestar apoio psicológico e fornecer agasalho e alimentação.

À população é aconselhado que tenham em casa um kit de emergência com cerca de uma dezena de artigos. A saber: água, alimentos secos ou em conserva, lanterna, apito, rádio a pilhas e pilhas de reserva, manta térmica, artigos de higiene pessoal, medicamentos essenciais e estojo de primeiros socorros. Deverá ser feita uma vistoria regular de validade dos artigos.

O plano de emergência de proteção civil da autarquia lisboeta, aprovado em 2019, está em revisão desde novembro 2023, somando já seis anos de vigência, acima dos cinco anos determinados por Lei.

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