Aveiro vai ter primeiro ferryboat 100% elétrico a funcionar no verão

Está em construção nos estaleiros da Navaltagus, no Seixal, o primeiro ferryboat 100% elétrico do país. A estreia depende do visto do Tribunal de Contas ao concurso dos sistemas de carregamento.

O primeiro ferryboat 100% elétrico do país deverá navegar ainda este verão, na ria de Aveiro. Apesar de ficar pronto em estaleiro até junho, a data oficial para começar a transportar carros e pessoas depende do visto do Tribunal de Contas ao concurso de adjudicação da execução dos sistemas de carregamento, avançou ao ECO/Local o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves.

“Temos o ferryboat em obra e estará pronto até ao final do mês de junho. Entrará em operação durante o verão, entre São Jacinto e o Forte da Barra, mas ainda não fixamos data por causa do visto do Tribunal de Contas”, adiantou o autarca social-democrata Ribau Esteves, à margem de uma visita aos estaleiros da Navaltagus, no Seixal. O investimento municipal supera os sete milhões de euros.

O edil não quis ainda comprometer-se com a data do início da navegação do ferry. “Temos uma outra componente do processo, que é a instalação do sistema de carregamento, que é um outro concurso e que está, neste momento, em [pedido de] visto no Tribunal de Contas”, esclareceu Ribau Esteves. “Temos a indefinição de quando é que temos visto para que a empresa que ganhou o concurso possa executar”, completou.

A execução dos sistemas de carregamento para operação do novo ferryboat 100% elétrico foi adjudicada pelo valor de 1.329.697 euros ao agrupamento de empresas constituído pelas Ahlers Lindley, Lda. e a ETG – Empresa de Gestão e Transporte S.A..

Temos o ferryboat em obra e estará pronto até ao final do mês de junho. Entrará em operação durante o verão, entre São Jacinto e o Forte da Barra, mas ainda não fixamos a data por causa do visto do Tribunal de Contas.

Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

Em fase final de construção, a embarcação que vai operar na Ria de Aveiro vai chamar-se Salicórnia. Explicou Ribau Esteves que “é uma planta originária das salinas costeiras, desde o Ártico até ao Mediterrâneo”. Em Portugal, a Ria de Aveiro é um dos poucos locais onde se desenvolve, em habitat especial e próprio.

“Quisemos um nome que se ligasse ao território, que fosse da ria e da região de Aveiro, um elemento diferenciador e que demonstrasse a capacidade de adaptação, de reinvenção tornando um mal dispensável num bem relevante, testemunho de sustentabilidade e de boa gestão da natureza e da sua relação com o homem”, sustentou o o autarca social-democrata.

“Relembro que, em Aveiro, esta é uma ligação de várias centenas de anos e que a sustentabilidade ambiental é algo fundamental para que possamos viver desde sempre o fantástico território aveirense”, concluiu o presidente da Câmara.

Para o Grupo ETE, este projeto vem reforçar a sua aposta em soluções ambientalmente sustentáveis, assim como destacar as suas fortes competências na engenharia e construção naval, como salientou a empresa.

O novo ferryboat vai permitir a redução de emissões poluentes – são mais de 300 toneladas de CO2 libertadas pelo atual modelo –, diminuindo igualmente em cerca de 30% o consumo energético. “Aos baixos níveis de ruído e ao conforto para os passageiros introduzidos por esta embarcação, alia-se ainda a capacidade reforçada para o transporte de viaturas (+ 30%) e de passageiros (+ 90%)”, contabiliza o autarca de Aveiro.

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