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Fundação Altice assume novo posicionamento com “o futuro pela frente”

Rafael Ascensão,

No ano em que celebra 20 anos, a Fundação Altice assume novo posicionamento e prepara-se para investir 20 milhões de euros, nos próximos cinco anos, nas áreas do conhecimento, tecnologia e arte.

“O futuro pela frente” é o mote da nova campanha da Fundação Altice. A fundação da operadora assume agora o posicionamento “aproximar o futuro de quem mais precisa dele“, numa iniciativa que assinala as suas duas décadas de existência e visa apoiar a inclusão e promover a arte contemporânea.

A Fundação Altice pretende assim adotar a tecnologia e inovação com o objetivo de “fazer a diferença na vida das pessoas”, objetivo esse materializado através desta campanha O Futuro Pela Frente, a qual tem como principal desafio “apresentar a nova identidade da Fundação Altice, onde a tecnologia se funde e existe em convergência com o lado mais humano das pessoas”, refere-se em comunicado de imprensa.

É este o grande propósito que a faz continuar a investigar, a criar e a desenvolver produtos e serviços de última geração. É o equilíbrio da sociedade e a inclusão que dão luz a cada dia e a cada avanço alcançado“, acrescenta a Fundação Altice.

A campanha, “emotiva” materializa-se assim numa narrativa “de esperança”, onde “o preto e o branco contrastam com os apontamentos de cor trazidos pelas soluções desenvolvidas e disponibilizadas pela Fundação Altice. Na campanha as adversidades são expostas sempre em desvantagem, com um contraponto de perseverança e querer maiores. É esta a esperança que traz um presente e um futuro de qualidade a quem mais precisa dele”, descreve a fundação.

Assinada pela Dentsu, a campanha multimeios vai estar presente em televisão, digital, imprensa e mupis. No ar de dia 22 de março até 5 de abril, a campanha é composta por quatro filmes – um filme institucional e três filmes dedicados a soluções de acessibilidade da Fundação Altice: a app LGP, o Magic Contact e a Teleaula.

Visando “contribuir para uma sociedade mais igualitária e sustentável”, a Fundação Altice apresenta-se assim com uma nova imagem e aponta os objetivos estratégicos: integrar na sociedade pessoas com incapacidade, proporcionar acessibilidade ao conhecimento e proteger e desenvolver o património cultural e artístico da Fundação Altice, objetivos para os quais prevê investir 20 milhões de euros.

Na sessão de apresentação do novo posicionamento da Fundação, no dia 8 de março, onde o +M/ECO marcou presença – e depois de se passar em revista as várias iniciativas que a Fundação foi desenvolvendo ao longo dos tempos – Ana Figueiredo, presidente executiva da Altice Portugal, começou por afirmar que este era “um dia importante” e onde eram lançados “novos desafios” para o futuro de modo a robustecer o posicionamento da Fundação Altice.

Ana Figueiredo reforçou o papel da Fundação Altice naquilo que é a integração e o dar acessibilidade àqueles que se deparam com barreiras que nem todos encontram, mencionando que a Fundação apostou em trabalhar onde outros não trabalhavam, usando as suas competências – com base na tecnologia e inovação – para “fazer a diferença”, complementando-se assim a tónica do grupo empresarial de “promoção do empreendedorismo social”.

A missão, essa também é “clara”, segundo Ana Figueiredo, que referiu que “queremos liderar a transformação tecnológica e digital através da inovação”, inovação essa que potencie uma sociedade mais humana.

O investimento de 20 milhões, conforme explicou Ana Figueiredo, vai estar direcionado para projetos pioneiros, nomeadamente o “Hábil” (de estimulação cognitiva para crianças em idade pré-escolar), a ap LGP (de tradução automática de texto para linguagem gestual portuguesa), app Mobilidade (que visa tornar mais acessível funcionalidades do dia a dia a pessoas com deficiência, como na identificação de transportes públicos ou o acesso a lojas).

Para Ana Estelita, diretora da Fundação Altice, o verdadeiro posicionamento desta nova identidade passa por “almejar uma sociedade em que todos contribuem para a igualdade de oportunidades“, defendendo a mesma que o que a Fundação tem a fazer num futuro próximo passa também por “trabalhar mais” a “visibilidade” e o “reconhecimento” do trabalho que a Fundação tem desenvolvido.

Conhecimento, Tecnologia e Arte, as três áreas de atuação

“Aproximar o futuro de quem mais precisa dele” encaixa na dimensão social para a qual a Fundação Altice se propõe a contribuir ativamente, “para a evolução da sociedade, seja na vertente de integração, seja na igualdade de oportunidades, com projetos e soluções transformadores”, através de três áreas de atuação – Tecnologia, Conhecimento e Arte.

No campo da tecnologia, a Fundação vai trabalhar para uma solução para a integração das pessoas com incapacidade, destacando os projetos Programa Inclui, Comunicar em Segurança, Khan Academy, Plataforma Campus, MagicContact, LGP APP, Aplicação Hábil, Portal de mobilidade e serviços e Espaços Inclui.

“Promover a investigação e inovação para o desenvolvimento de soluções tecnológicas como resposta aos problemas identificados no âmbito da Fundação, através de estudos e publicações e da metodologia Consigo – Mudança Sistémica da Deficiência em Portugal”, é a proposta da fundação para a área do conhecimento.

No campo artístico, a Fundação Altice vai promover a arte contemporânea e zelar pelo património artístico e cultural da Altice através do Espaço Coleção e do Espaço arte e tecnologia.

O Espaço Coleção vai assim promover a arte nacional, através de um conjunto de obras que a Fundação tem vindo a reunir desde 1997. Detendo cerca de 200 obras, a coleção, sem limites temáticos, inclui alguns dos artistas mais relevantes da atualidade, com trabalhos datados a partir dos anos 1960, englobando obras de escultura, pintura, instalação, desenho, vídeo ou gravura, descreve a fundação.

O objetivo é o de “oferecer uma visão abrangente e questionadora da contemporaneidade artística portuguesa, a coleção tem sido regularmente apresentada em museus municipais, fundações e centros de arte contemporânea no país e na Europa”, sendo que a Coleção pode ser encontrada no Fórum Picoas, no edifício sede em Lisboa, sendo visitável a partir de dia 9 de março às terças (10h-12h) e quintas-feiras (14h-18h) com a exposição “Todo o visível vem do invisível”.

A exposição conta com uma app móvel de modo a permitir uma visita virtual com a apresentação das peças de arte adaptada a todos os públicos: adultos, crianças, pessoas surdas (LGP) e cegas (audiodescrição e audio-interpretação), podendo a aplicação ser instalada a partir da loja Google Play para Android e da App Store para iOS.

A Fundação Altice, na sua atuação em Portugal e desde 2017, já teve impacto na vida de mais de três milhões e 200 mil beneficiários e 4.600 entidades, segundo os dados divulgados pela mesma. “São números que nos enchem de orgulho e força para continuar”, acrescentou Alexandre Fonseca, presidente da Fundação Altice e co-CEO do Grupo Altice, afirmando que o Estado e as instituições públicas não conseguem ajudar todos aqueles que precisam, pelo que as empresas também devem assumir um “papel chave” neste âmbito.

Alexandre Fonseca aproveitou ainda a ocasião para anunciar o lançamento do novo prémio “Norberto Fernandes” – nome do primeiro administrador da Fundação. Será um prémio ligado às artes, que vai possibilitar a candidatura de vários artistas e contar com um júri “conceituado”.

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