Sindicatos da Euronews pedem intervenção de Macron e Comissão Europeia
Os sindicatos estão contra o plano do principal acionista, o fundo português Alpac, que prevê despedir a maioria dos funcionários na sua sede em Lyon.
Os sindicatos da Euronews querem a intervenção do Presidente francês, Emmanuel Macron, e da Comissão Europeia contra o plano do principal acionista, o fundo português Alpac, que prevê despedir a maioria dos funcionários na sua sede em Lyon.
Em comunicado, os representantes dos trabalhadores do canal de informação europeu de televisão pedem a Macron e ao executivo comunitário que impeçam a Alpac de “despedir 200 pessoas em França em nome de um projeto incerto” e desviar-se da sua missão de “serviço público”.
Para os sindicatos, o programa estratégico do fundo de investimento, que no ano passado ficou com 88% do capital da Euronews, é um “massacre social e editorial”.
De acordo com o anunciado no início do mês, vão ser despedidos 197 dos 349 empregados com contrato a termo incerto na sua sede, na cidade francesa de Lyon (onde se instalou a empresa quando foi criada há 30 anos), dos quais 128 jornalistas, mas também técnicos e administrativos.
Paralelamente, a direção tem a intenção de mobilizar 120 jornalistas por toda a Europa, essencialmente em Bruxelas (70), mas também em seis outras capitais onde tem escritórios próprios (Berlim, Roma, Madrid, Lisboa, Londres e Lyon) para estar mais perto da atualidade das instituições europeias.
Os sindicatos reclamam, em particular, que esses novos postos são insuficientes para cobrir os despedimentos e, além disso, não estão reservados para estes, mas antes estarão abertos a contratação externa.
Também se opõem à externalização de empresas subcontratadas de uma série de trabalhos que até agora eram cobertos pela equipa, como gravação e produção de programas, assim como a difusão.
Para os representantes dos trabalhadores, a Alpac pretende fazer ‘dumping‘ social para conseguir margens sacrificando empregos.
A Comissão Europeia deu apoios durante anos à Euronews pela sua missão informativa em várias línguas e as administrações públicas e francesas também colocaram dinheiro no canal para garantir a sua presença em França.
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