PRR entrega oito milhões à Cinemateca para digitalizar mil filmes
Iniciado em 2022, o processo de digitalização vai durar até 2026, ano em que todo o acervo cinematográfico da Cinemateca estará digitalizado.
Digitalizar mil filmes do acervo cinematográfico português em quatro anos. Uma “grande tarefa” da Cinemateca Portuguesa tornada possível através do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), que vai disponibilizar oito milhões de euros para a concretização da mesma.
O objetivo é serem criadas cópias digitais o mais aproximadas possível aos filmes em película de diferentes épocas, de modo a possibilitar a disponibilização desses filmes em qualquer sala de cinema, na televisão, na internet ou em serviços de streaming.
No total, são cerca de 40 os técnicos a trabalhar diariamente no projeto, no Arquivo Nacional de Imagens em Movimento, “para transformar quilómetros de película de celulose em bits e bytes”, refere-se em comunicado.
“O que está em causa é a possibilidade de divulgar, de uma forma até agora impossível, numa dimensão até agora impossível, o cinema português, a história toda do cinema português. O apoio através do PRR torna finalmente possível uma necessidade estrutural que estava diagnosticada ao longo desta última década“, diz José Manuel Costa, diretor da Cinemateca Portuguesa, citado em comunicado.
A digitalização dos filmes engloba um conjunto de etapas que passam por selecionar as películas, limpar e reparar as fitas danificadas, captar os frames (um por um) e passá-los para o formato digital, ajustar a cor e o som e, finalmente, passar a versão digital numa sala de cinema.
Desde a seleção técnica até à validação da cópia numa sala de cinema, o processo pode levar até três meses. No ano passado foram digitalizados 103 filmes.
Tendo em conta que se pretende criar cópias o mais fiéis possível ao cinema analógico, os autores, realizadores, diretores de fotografia ou técnicos dos filmes analógicos, são envolvidos no processo sempre que tal é possível.
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