E a sua organização, está preparada?

  • Fernando Oliveira
  • 2 Fevereiro 2024

O tempo em que a proteção de dados era uma preocupação distante e de grandes empresas já vai longe. Estamos todos, a título individual e nas organizações onde pertencemos, expostos a esta realidade.

A proteção de dados tornou-se uma questão premente na atual era digital, onde a tecnologia permeia cada aspeto de nossas vidas. À medida que nos conectamos, compartilhamos e armazenamos informações online, surge a necessidade imperativa de salvaguardar nossos dados pessoais contra ameaças virtuais.

Fazem hoje parte do nosso dia-a-dia a importância da proteção de dados e os desafios que enfrentamos na era da informação, os riscos associados à falta de segurança e as medidas necessárias para garantir a integridade e a privacidade de nossas informações no mundo digital em constante evolução.

Começamos com necessidade de consciencialização do tema, com a promoção de uma cultura coletiva de responsabilidade e segurança, a fim de conhecer a importância da proteção de dados, tanto para a empresa como para as pessoas. Evidentemente que um dos pontos muito importante neste eixo para além do acompanhamento das atividades da organização é a formação, nas suas várias vertentes como veremos mais à frente.

A necessidade de as organizações implementarem e manterem regras internas, tanto com políticas como com procedimentos, em conformidade com as leis e os regulamentos. As políticas, no todo ou em parte, devem ser publicamente divulgadas, de forma a permitir maior transparência da organização e dar a conhecer a sua forma de atuação.

Internamente, a preocupação com a definição do controlo de acessos aos dados da organização, tem de ser efetiva. Os acessos aos dados aos colaboradores devem ser dados de forma criteriosa, estritamente à informação necessária para a execução das suas tarefas. Essa segregação passa por criar diferentes níveis de acesso às informações das organizações como também pela criação de autenticações fortes ao acesso à informação e, essencialmente, à que apresenta maior relevância e confidencialidade.

Para a manutenção destas regras e dos acessos, igualmente importante é a realização de auditorias regulares. Neste capítulo, a monitorização dos procedimentos e as auditorias periódicas são essenciais para entender se os processos se mantêm robustos e em conformidade com as Leis e os Regulamentos.

Sempre que é detetada uma anomalia nos procedimentos independentemente da sua proveniência ser externa através, por exemplo, de reclamações ou interna, detetadas por auditorias ou por sugestões de colaboradores, deve existir uma área de gestão de incidentes que desenvolva e acompanhe o plano de mitigação e de implementação de novos processos e procedimentos.

Por fim, mas não menos importante, a formação é um ponto essencial para criar o conhecimento e a consciencialização como já havíamos referido, através da realização de sessões presenciais ou não, leitura de legislação e artigos de opinião, podcasts, e outros que se venham a revelar úteis para o efeito.

Face ao exposto, estamos perante apenas uma parte das soluções porém, talvez as mais importantes e seguramente se estas forem acompanhadas, já teremos uma boa base para nos encontrarmos minimamente protegidos e protegermos os outros.

Ao compreendermos a relevância desse tema, estaremos melhor preparados para enfrentar os desafios contemporâneos e promover uma sociedade mais segura e resiliente.

Se é verdade que nenhuma destas dimensões é uma surpresa para a maioria das organizações do tecido empresarial português, é ainda mais verdade que a maior parte destas tem margem de melhoria e crescimento.

O tempo em que a proteção de dados era uma preocupação distante e de grandes empresas já vai longe. Estamos hoje todos, a título individual e nas organizações onde pertencemos, expostos a esta realidade. E a sua organização, está preparada?

  • Fernando Oliveira
  • senior manager da DFK Portugal

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