Negócios +M

AdC impõe “condições e obrigações” na compra da Vasp

Carla Borges Ferreira,

Marco Galinha pode comprar a participação da Cofina, mas a "decisão de não oposição" tem condições que basicamente passam por dar "acesso à VASP de modo justo, razoável e não discriminatório".

Pouco menos de um ano após a Palavras de Prestígio, detida pelo Grupo Bel de Marco Galinha, ter notificado a Autoridade da Concorrência (AdC) de que chegou a acordo com a Cofina SGPS para a compra dos 50% que a então dona do Correio de Manhã, do Record e do Jornal de Negócios tem na distribuidora, a Autoridade da Concorrência deu luz verde ao negócio.

A “decisão de não oposição”, contudo, tem “condições e obrigações na obrigação de concentração”, escreve a AdC sem detalhar.

A operação de concentração em causa consiste na aquisição pela Palavras de Prestígio, Lda. (Palavras de Prestígio) do controlo exclusivo do capital social da sociedade VASP – Distribuidora de Publicações, S.A. (VASP), através do exercício da opção de compra das ações atualmente detidas pela Cofina SGPS, S.A.”, escrevia há um ano a empresa.

A concretizar-se a operação, avaliada em 4,5 milhões de euros, o então maior acionista da Global Media passaria a controlar a distribuidora, já detida em 33,3% pela Global Media e em 16,6% pela Páginas Civilizadas, da qual Marco Galinha estará prestes a reassumir o controlo.

A Vasp passou a ser detida a 50% pela Cofina Media em 2021, quando esta exerceu o direito de preferência para adquirir à Impresa 16,67% do capital da Vasp, por 1,05 milhões de euros.

O +M contactou a AdC no sentido se saber quais os “remédios”, que basicamente passarão pelo compromisso de “dar acesso à VASP de modo justo, razoável e não discriminatório” aos outros editores. “Na prática, mantêm-se os valores em linha com os atuais e só podem ser alterados após submissão a um mandatário de monitorização de compromissos”, adianta o regulador.

 

 

(Notícia atualizada às 18h10 com resposta da AdC)

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