Havas acelera 7% na estreia na bolsa de Amesterdão
A entrada em bolsa surge depois da aprovação de cisão do grupo Vivendi, o que fez com que a Havas, o Canal+ e o Grupo Louis Hachette passassem a ser empresas cotadas de forma independente.
As ações da Havas estrearam-se com um disparo de quase 7% na abertura na bolsa de Amesterdão, na sequência da cisão no seio do grupo Vivendi que levou ainda a que o Canal+ e o Louis Hachette Group fossem admitidas à cotação em Londres e Paris.
A Havas juntou-se esta segunda-feira à Euronext Amesterdão numa “transação estratégica que vai proporcionar oportunidades para acelerar o crescimento, solidificando a sua posição enquanto líder criativa e estratégica na indústria do marketing e comunicação”.
Na abertura da sessão, as ações da Havas valorizavam quase 7% em relação ao preço de referência para 1,91 euros por ação. A Havas juntou-se à Euronext Amesterdão com as 991.811.494 ações ordinárias que compõem o seu capital social, tendo o preço de admissão sido definido em 1,79 euros por ação, o que representa uma capitalização de mercado de 1,77 mil milhões de euros no dia da entrada em bolsa.
“A conclusão bem-sucedida da entrada na Euronext Amesterdão marca um passo fundamental na direção da realização da nossa visão de longo prazo. Dá-nos flexibilidade adicional para acelerar o nosso crescimento nas nossas principais linhas de negócios e fortalece a nossa posição única dentro do setor dinâmico do marketing e comunicações“, diz Yannick Bolloré, chairman e CEO da Havas, citado em comunicado.
“A nossa estratégia convergente, aprimorada por talentos excecionais, insights baseados em dados, tecnologia de ponta e aquisições direcionadas, coloca-nos na melhor posição possível para sermos ainda mais criativos e estratégicos e entregarmos um desempenho financeiro robusto, criando valor a longo prazo para os nossos acionistas. Gostaria de agradecer às nossas talentosas equipas por todo o seu trabalho e comprometimento durante todo este processo, e a todos os nossos clientes pela confiança”, acrescenta.
A entrada em bolsa surge depois de os acionistas terem aprovado a cisão do grupo Vivendi, o que fez com que não só a Havas mas também o Canal+ e o Grupo Louis Hachette passassem a ser empresas cotadas de forma independente.
Neste sentido, os franceses Canal+ e Grupo Louis Hachette também se estrearam esta segunda-feira na bolsa de Londres e de Paris, respetivamente. As ações da emissora francesa caíam quase 16% após sua estreia, enquanto as da Louis Hachette subiam quase 25% para 1,2 euros por ação.
Os analistas do JPMorgan avaliam o Canal+ em cerca de seis mil milhões de euros, a Havas em 2,5 mil milhões e a Louis Hachette em 2,2 mil milhões.
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