As marcas pessoais no LinkedIn

  • Daniel Sá
  • 15 Maio 2024

Uma marca pessoal, deve ser gerida com os mesmos princípios de uma marca de uma qualquer indústria. Deve ter objetivos, metas ou ações, mas nunca perdendo a faceta genuína.

O famoso Linkedin foi criado em 2002 como plataforma de conexão profissional e, mais de 20 anos depois, emprega mais de 20.000 funcionários, fatura anualmente 900 milhões de dólares tendo mais de mil milhões de utilizadores registados de 200 países diferentes. Um sucesso, portanto.

A fórmula do sucesso passa pela utilização ativa dos utilizadores, da conexão entre eles e do envolvimento do mundo empresarial que busca talento, contactos ou negócios. A partir daqui a plataforma funciona com a mesma lógica de algoritmos, feeds e normas das atuais redes sociais.

Qualquer um de nós, como utilizador, assume o papel passivo de espetador no LinkedIn mas deve ainda assumir um papel ativo na definição do seu perfil, dos interesses demonstrados bem como dos contactos gerados. Na nossa dimensão ativa de utilizadores do LinkedIn estamos, em boa verdade, a fazer a gestão da nossa marca pessoal perante uma enorme comunidade.

Neste contexto, podemos verificar no LinkedIn, utilizadores totalmente passivos até aqueles que parecem estar ligados 24 horas por dia. Percebe-se assim com clareza as personagens individuais que são geridas pelos próprios, por assistentes ou por empresas. As planeadas e as espontâneas. As mais formais ou as provocadoras. As desastradas. As idiotas. As motivadas pela dopamina.

Também existe a polícia do LinkedIn constituída por membros voluntários que vão varrendo diariamente as publicações e distribuindo lições, advertências ou enunciando regras e normas de como utilizar a rede. Perseguem-se essencialmente polémicas relacionadas com política, deporto, religião, corporações ou interesses. Os desabafos pessoais são bem acolhidos por uns e demolidos por outros.

Ora, uma marca pessoal, deve ser gerida com os mesmos princípios de uma marca de uma qualquer indústria. Deve ter objetivos, metas ou ações, mas nunca perdendo a faceta genuína de mostramos quem realmente somos.

É por isso contraproducente glorificar ou exagerar cada um dos nossos feitos pois pode tornar-nos ridículos. As mensagens inspiradoras são também outra das manias habituais dos linkedinianos. A ânsia da visibilidade gera muitas vezes desgaste. O desgaste gera afastamento. O afastamento é o oposto da base do LinkedIn.

Deixo por isso uma reflexão genérica para que cada um possa pensar sobre a forma como quer ser visto por estas comunidades profissionais. Bons posts!

  • Daniel Sá
  • Diretor executivo do IPAM

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