Das coisas boas na vida

  • Vitor Cunha
  • 6 Setembro 2024

Felizmente, o essencial da atividade mantém-se serenamente. Ao lidarmos com pessoas e para pessoas sabemos que a natureza humana tende para a estabilidade e previsibilidade.

Nesta nossa existência terrestre – a única que se conhece com detalhe – o trabalho é das coisas importantes que nos acontecem: é sobrevivência, mas é também manifestação da nossa humanidade.

Por estes dias passam 20 anos desde que comecei a trabalhar na JLM & Associados, uma empresa de comunicação corporativa fundada em 1998, por convite generoso de João Líbano Monteiro. Falo disto não tanto pela festividade, que é coisa particular e só a nós diz respeito, mas pela oportunidade: em duas décadas esta atividade mudou muito, e vai continuar a mudar.

Exemplos:

  1. Digitalização: a comunicação tornou-se mais digital, com a explosão da internet, e-mail e redes sociais, facilitando a disseminação global da informação.
  2. Redes sociais: as plataformas sociais mudaram totalmente a forma como as empresas e organizações comunicam com os seus públicos, permitindo interações mais diretas e imediatas.
  3. Personalização: com o uso de dados as campanhas de comunicação e relações públicas passaram a ser mais personalizadas e direcionadas.
  4. Influenciadores digitais: o aparecimento dos influenciadores digitais mudou a maneira como as marcas se relacionam com seu público-alvo, através de parcerias e colaborações com influenciadores que possuem grande alcance nas redes sociais.
  5. Transparência: as empresas passaram a precisar de ser mais autênticas na comunicação para manter a confiança do público.
  6. Velocidade: a velocidade da comunicação aumentou consideravelmente, com notícias e informações a disseminarem-se a um ritmo alucinante pelas redes sociais e outras plataformas online.
  7. Comunicação em tempo real: as plataformas de mensagens e transmissões ao vivo permitem uma comunicação em tempo real, aproximando as empresas das pessoas.
  8. Crise da imprensa tradicional: muitos meios em papel desapareceram, outros têm audiências muito limitadas.
  9. Procura: nunca em toda a história se comunicou tanto, nunca houve tantas pessoas para comunicar, e nunca houve tamanha procura de informação.
  10. Crises de reputação: com a informação instantânea os temas reputacionais espalham-se rapidamente e as empresas têm de ser mais ágeis e eficazes na gestão das crises de comunicação.

Estes são apenas alguns exemplos óbvios da mudança, ou da evolução. Felizmente (e não digo felizmente por conservadorismo atávico, mas porque valorizo o que é bom), o essencial da atividade mantém-se serenamente. Ao lidarmos com pessoas e para pessoas sabemos que a natureza humana tende para a estabilidade e previsibilidade. O fator humano, apesar das aparências por vezes enganarem, é a constante positiva num mundo de variáveis.

  • Vitor Cunha
  • CEO da JLM & Associados

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