Reconquistar o mercado: transpiração, comunicação e inspiração
A comunicação das marcas em 2025 será, estou certo, mais humana, mais envolvente, mais alinhada com o propósito que prossigam e mais ligada aos valores dos consumidores.
O ano que agora começa será fundamental para a recuperação do espaço de atenção e de atração das marcas no mercado do grande consumo em Portugal.
Depois da evolução dos últimos anos, essa recuperação será seguramente um trabalho de Hércules. E exigirá muito foco e estratégia, muita resiliência e transpiração.
Mas também muita comunicação e inspiração…
A comunicação das marcas em 2025 será, estou certo, mais humana, mais envolvente, mais alinhada com o propósito que prossigam e mais ligada aos valores dos consumidores.
As marcas mais inspiradoras serão aquelas que conseguirem comunicar um propósito maior, que ultrapasse a simples venda dos produtos, e que o façam através de histórias verdadeiras, mas emocionantes, que permitam mostrar como a marca tem impacto nas vidas dos seus públicos e no ecossistema que as rodeia.
São aquelas que compreendam que a diversidade deixou de ser diferencial e passou a ser uma expectativa gerada nas pessoas, representando diferentes culturas, géneros e faixas etárias, dando espaço a todas as vozes e mostrando como cada consumidor é individualmente valorizado.
Os consumidores estão cada vez mais atentos à integridade das marcas, à transparência na cadeia de produção ou à sua performance ambiental, o que permitirá reforçar a confiança e criar uma maior conectividade, mas elas podem também ser educacionalmente inspiradoras, adicionando valor à vida do consumidor, transmitindo-lhe conhecimento ou ajudando-o a resolver problemas do dia-a-dia, permitindo-lhe crescer.
Ao mesmo tempo, é crescente a importância do recurso a experiências interativas imersivas e memoráveis, à utilização do humor, a uma comunicação mais descontraída e de mensagens que transportem otimismo, permitindo o reforço da ligação emocional às marcas.
As redes sociais continuam a ser, nas diferentes plataformas e para diferentes públicos, um espaço crucial de inspiração, seja pelo recurso a influenciadores adequados, a lives ou a desafios que, por vezes, se tornam virais, combinando autenticidade, entretenimento e interatividade.
As marcas devem ser, pois, uma fonte de inspiração, colocando a sustentabilidade como pilar central das suas estratégias de crescimento e utilizando a tecnologia como conector emocional e agregador de lealdade com os consumidores. Devem contribuir para a construção de comunidades em torno de valores e interesses comuns, fomentando a criação de um sentido de pertença.
As marcas devem ser um exemplo de consistência, autenticidade, transparência, ética, honestidade e inclusão, devem apostar num universo de experiências que impactem com os vários sentidos do consumidor, devem investir em conteúdos educacionais e não abdicar de colaborações criativas ou parcerias inesperadas.
Por isso, as marcas que comunicarem com mais forte empatia, maior criatividade e propósito mais alinhado, conseguirão inspirar os consumidores a verem o mundo — e a verem-se a si próprios — de uma forma mais positiva. Essas marcas podem ajudar a moldar tendências, local e globalmente, respondendo ainda melhor às necessidades e antecipando os desejos de públicos cada vez mais conscientes e cada vez mais exigentes
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