Câmara de Arcos de Valdevez aprova orçamento de mais de 32 milhões de euros para 2023

  • ECO e Lusa
  • 9 Novembro 2022

Município de Arcos de Valdevez aprova, em reunião do executivo, o orçamento e as grandes opções do plano de investimentos e atividades para o ano 2023, num valor superior a 32 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez aprovou o orçamento para 2023, num valor superior a 32 milhões de euros, com a abstenção do PS, que justificou, esta quarta-feira, o sentido de voto com as dificuldades previstas para o próximo ano.

Em comunicado enviado às redações, a autarquia de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, anunciou que o orçamento e grandes opções do plano para 2023 “serão reforçados em mais de 1,1 milhões de euros” face a este ano, “assumindo um investimento na ordem dos 21,7 milhões de euros”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, “este orçamento é mais uma etapa na consolidação da estratégia de desenvolvimento sustentável para Arcos de Valdevez”.

“Há uma clara preponderância do investimento nas funções sociais, com um valor superior a 11,1 milhões de euros, seguindo-se as funções económicas, com cerca de 6,9 milhões de euros, a parceria com as Juntas de Freguesia com mais de 2,25 milhões de euros, e as funções gerais com mais de 1,4 milhões de euros”, destaca a nota.

Este orçamento é mais uma etapa na consolidação da estratégia de desenvolvimento sustentável para Arcos de Valdevez.

João Manuel Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez

A autarquia destaca também que, “num ano que se perspetiva difícil, o município vai reforçar o apoio às famílias, instituições e economia e o investimento municipal”.

“O município vai continuar com uma política de incentivos económicos e fiscais amiga das empresas, das famílias, dos jovens e das pessoas desfavorecidas, através da isenção e redução de impostos e taxas e do lançamento de programas e apoios municipais. Serão reforçados os apoios à atividade das Juntas de Freguesia, associações e instituições, e será intensificado o relacionamento com as nossas comunidades de emigrantes e imigrantes”, acrescenta.

Na nota, a autarquia, cujo executivo é composto por cinco elementos do PSD e dois do PS, adiantou ainda que “será reforçado o investimento municipal na educação, na habitação, na cultura, desporto e lazer, urbanismo e mobilidade sustentável”. Assim como na rede de infraestruturas básicas, na coesão territorial e segurança, e no desenvolvimento rural, turístico e empresarial.

Em declarações à agência Lusa, o vereador do PS, João Braga Simões, referiu que a abstenção do partido visa “garantir a agilidade da Câmara face às dificuldades previstas para 2023”. Mais, justificou o vereador socialista: “Não votamos contra apenas por votar contra. Abstivemo-nos porque é um orçamento importante, é um ano difícil, é importante que a Câmara e o concelho tenham estabilidade orçamental que permita enfrentar os desafios do próximo ano”.

João Braga Simões adiantou que, apesar da abstenção, a bancada socialista “não passou um cheque em branco” ao executivo municipal de maioria social-democrata. Os dois vereadores do PS apresentaram, “na declaração de voto, propostas de escrutínio da execução do plano, que foram acolhidas pelo executivo municipal”.

“Demos este sinal de liberdade a quem governa mas, em contrapartida, pedimos um acrescento de escrutínio e transparência em 2023. Pedimos que em uma das reuniões mensais, fechada ao público, a autarquia apresente todos os procedimentos administrativos simplificados”, frisou o vereador. “Tudo o que seja matéria do exercício do executivo municipal, que não tem obrigatoriamente de ser apresentado em reunião camarária, passe a integrar a listagem da ordem de trabalhos, para informação dos vereadores dos procedimentos orçamentais do período do mês anterior”, especificou.

O PS pediu ainda “que cada proposta viesse identificada com o pelouro ou serviço camarário responsável pela sua execução e que a rubrica orçamental viesse expressamente discriminada em cada um dos pontos”. E deixou um recado: “Acima de tudo, vamos permanecer vigilantes em relação à execução do orçamento, mesmo em relação a matérias que não caibam ao órgão câmara escrutinar”.

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