Investimento de 4,1 milhões transforma solar em hotel em Arcos de Valdevez

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2022

Solar em Arcos de Valdevez vai reabrir transformado em hotel de cinco estrelas, num investimento de 4,1 milhões de euros que vai criar 35 postos de trabalho.

O solar setecentista de Requeijo, em Arcos de Valdevez, deverá reabrir em abril transformado em hotel de cinco estrelas, num investimento de 4,1 milhões de euros que vai criar 35 postos de trabalho, disse esta sexta-feira o presidente da Câmara.

Em declarações à Lusa, João Manuel Esteves destacou a “articulação entre a autarquia e o investidor que tornou possível a aquisição e a reabilitação do solar devoluto em hotel de excelência na região”.

Este investimento é muito importante para o concelho por dotar Arcos de Valdevez de um hotel de charme, instalado num edifício classificado, de elevado valor histórico e de relevância assinalável para o concelho”, afirmou o autarca social-democrata.

Hotel Solar do Requeijo, em Arcos de Valdevez

Além do montante do investimento, 4,1 milhões de euros, João Manuel Esteves salientou os “postos de trabalho diretos” criados no concelho, “altamente especializados e preparados para oferecer um nível de serviço de elevada qualidade”.

Segundo o autarca, a nova unidade hoteleira do grupo Luna Hotels & Resorts, a segunda daquele operador turístico em Arcos de Valdevez, com abertura prevista para abril, é “composta por 27 quartos e suites”.

Doze quartos estão localizados no edifício principal do solar, classificado como Imóvel de Interesse Público e construído em finais do século XVII. Os restantes 15 quatros foram criados nos terraços do solar, um imóvel complementar, de estilo contemporâneo, ligado ao principal por passagens subterrâneas.

Situado na antiga Quinta do Requeijo, na margem esquerda do rio Vez, na União de Freguesias de Arcos de Valdevez (São Paio) e Giela, a nova unidade vai proporcionar uma resposta “diferenciadora” aos turistas e “qualificar a oferta” do concelho, que atualmente “dispõe de alojamento para cerca de 1.600 pessoas”. “Este investimento vem mostrar o dinamismo do turismo no concelho, resultante das apostas que o executivo municipal tem feito na valorização do património natural e cultural”, destacou.

Para João Manuel Esteves, o segundo investimento do grupo reflete “a confiança que os operadores turísticos, nomeadamente o grupo Luna, têm no concelho”. “Acreditam que a procura deste destino é uma realidade e que pode crescer e alavancar ainda mais o setor, primordial no desenvolvimento económico do concelho”, sustentou.

Segundo o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, “a procura do destino tem vindo a crescer, mesmo em tempos adversos como os que temos vivido”, referindo-se à pandemia de Covid-19.

“A oferta hoteleira que se tem vindo a instalar, é, cada vez mais, de qualidade superior, indo ao encontro do nível da procura por um concelho de beleza singular, dinâmico e com uma agenda cultural de referência nacional”, adiantou.

Segundo informação que consta na página oficial da Direção-Geral de Património Cultural (DGPC), na Internet, o solar, situado no interior da Quinta do Requeijo, é uma construção setecentista, que reflete, nas suas opções arquitetónicas, um dos modelos de casa nobre que conheceu grande fortuna no Norte do país (entre outros, Paço de Calheiros e Paço de Bertiandos em Ponte de Lima, e solar dos Pinheiros em Barcelos)”.

As “duas torres, nos extremos do edifício e ligadas entre si através de um corpo mais baixo e longitudinal, inscrevem a casa de Requeijo nas denominadas ‘casa-torre’, de origem medieval, mas cuja influência foi determinante na arquitetura civil dos séculos seguintes”.

Já a capela, implantada num dos extremos da casa, liga-se a esta através de um passadiço, e é uma edificação mais tardia, pois os elementos decorativos são mais característicos de um gosto rococó, da segunda metade do século XVIII.

O imóvel foi adquirido, na sua totalidade, pela Câmara Municipal, com aprovação da Assembleia, em 1999. Chegou ainda a ser utilizado pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) como centro residencial de formação empresarial.

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