Depósitos das famílias arrancam ano com recorde de 173,4 mil milhões
Nunca os portugueses confiaram tanto dinheiro aos bancos: 173,4 mil milhões de euros estavam depositados nas instituições financeiras em janeiro, mais 500 milhões em relação a dezembro.
Os depósitos das famílias não param de crescer, e atingiram o valor recorde de 173,4 mil milhões de euros em janeiro, mais 500 milhões em relação a dezembro, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.
Isto significa que nunca os portugueses confiaram tanto dinheiro aos bancos como agora, ainda que a remuneração oferecida por este tipo de aplicações seja muito baixa. Esta tendência tem alguns anos, mas acelerou assim que a pandemia interrompeu o curso normal da vida das pessoas há dois anos. Entre março de 2020 – quando foi declarada a crise pandémica pela OMS – e janeiro de 2022, os depósitos bancários cresceram 21,1 mil milhões de euros.
Há quatro meses que os depósitos sobem, depois de terem “emagrecido” ligeiramente em agosto e setembro, o período tradicional das férias que levaram os portugueses a gastarem mais e pouparem menos.
Depósitos voltam a subir
Fonte: Banco de Portugal
Já as empresas tinham 60,5 mil milhões de euros depositados nos bancos, menos 1.280 milhões de euros em relação a dezembro, adianta a entidade liderada por Mário Centeno. Esta evolução acontece depois do fim das moratórias — o regime terminou em setembro para a maioria dos contratos — e quando o supervisor esperava uma maior utilização do dinheiro guardado nos bancos para retomar as prestações dos créditos.
Energia e água explicam aceleração do crédito às empresas
O Banco de Portugal revela ainda que os empréstimos continuaram a subir em janeiro tanto no segmento das empresas como no segmento das famílias, incluindo habitação e consumo.
“O montante total de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas era de 75,9 mil milhões de euros”, indica o supervisor, assinalando que estes financiamentos cresceram 4,6% em relação a janeiro de 2021, “interrompendo um período sucessivo de oito meses de desaceleração”.
“Esta aceleração é justificada, em grande medida, pelos empréstimos concedidos às empresas do setor da eletricidade, gás e água”, contextualiza a instituição.
Em relação aos empréstimos aos particulares, o montante total de empréstimos ascendia a 97,2 mil milhões de euros na finalidade habitação e a 19,5 mil milhões de euros na finalidade consumo, crescendo 4,5% e 3,3% em relação a janeiro de 2021, respetivamente.
(Notícia atualizada às 11h42)
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