Câmara de Lisboa vai investir 4,4 milhões em transporte escolar ate 2026
Câmara de Lisboa investe 4,4 milhões de euros, até 2026, em transporte escolar para crianças da rede pública de jardins-de-infância e escolas do ensino básico e secundário.
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou, esta segunda-feira, a contratação de transporte escolar para crianças da rede pública de jardins-de-infância e escolas do ensino básico e secundário, para os próximos três anos letivos, no valor total de 4,4 milhões de euros.
Em causa está a decisão de contratar e de autorização da despesa, através de um procedimento por concurso público, com publicação no jornal oficial da União Europeia, para a aquisição de serviço de transporte escolar para as crianças dos jardins-de-infância e alunos do ensino básico e secundário da rede pública da cidade de Lisboa, para o ano letivo 2023/2024, com possibilidade de renovação nos anos letivos de 2024/2025 e 2025/2026.
Em reunião privada do executivo, a proposta foi apresentada pela vereadora da Educação, Sofia Athayde (CDS-PP), e foi viabilizada após a aprovação de alterações sugeridas pelo Livre e pelo PCP. Ainda vai ser submetida a votação na Assembleia Municipal de Lisboa.
Entre os 17 membros do executivo municipal, a proposta da vereadora da Educação foi viabilizada com uma abstenção do BE e os votos a favor dos restantes, nomeadamente da liderança PSD/CDS-PP (que governa sem maioria absoluta, com sete eleitos), de PS, PCP, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).
A proposta do Livre, subscrita pelo BE, foi aprovada por unanimidade, acrescentando que a primeira renovação do contrato de serviço de transporte escolar deve ser precedida da apresentação do estudo/projeto previsto na proposta n.º 164/2022 de gratuitidade do transporte coletivo para residentes em Lisboa. Ou seja, para “conceção de um novo serviço de mobilidade escolar através do recurso a miniautocarros elétricos — Os Amarelinhos — que promova a autonomia das crianças e jovens, e ajude a diminuir as viagens de carro dentro da cidade”.
Já a proposta do PCP, viabilizada com a abstenção da liderança PSD/CDS-PP, introduz três novos pontos, entre os quais a divulgação, até final de julho deste ano, dos resultados do estudo de um serviço a criar pela empresa municipal Carris dedicado ao transporte escolar, que está a ser implementado como projeto-piloto em 10 escolas da cidade e que resulta de uma iniciativa dos comunistas, aprovada por unanimidade em fevereiro de 2022.
O caderno de encargos, anexo à proposta da vereadora da Educação, prevê a possibilidade de não dar continuidade à vigência do contrato para os anos letivos de 2024/2025 e 2025/2026, bastando para tal notificar a entidade a ser contratada 30 dias antes do término do contrato sobre a não intenção de prorrogar o mesmo.
Apesar de terem sido aprovados novos pontos à proposta da vereadora Sofia Athayde, o BE decidiu abster-se na votação final, por considerar que o contrato deveria incluir o transporte escolar para as crianças que frequentavam a Escola do Vale de Alcântara, que foi encerrada no mandato anterior por questões de segurança.
A proposta de contrato para os três anos letivos apresenta uma despesa no valor estimado de 4,15 milhões de euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor de 6%, perfazendo o total de 4,4 milhões de euros, de acordo com o documento.
Para o atual ano letivo 2022/2023, o contrato de serviço de transporte escolar foi adjudicado à empresa Barraqueiro Transportes, no âmbito do concurso público, e tem vigência até 31 de julho deste ano, “sem possibilidade de renovação”.
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