Ideias +M

Hearts & Science é a nova agência de meios com um “ADN próprio” do Omnicom Media Group

Rafael Ascensão,

A agência conta com a Costa Verde como cliente local e a JLR como global. O que distingue esta nova agência é "um posicionamento, ADN e mindset diferente", garante Mariana Lorena.

Hearts & Science Portugal é a terceira e nova agência do Omnicom Media Group no mercado nacional. A agência é liderada por Mariana Lorena, até então diretora da Fuse (cargo agora ocupado por Carlota Vasconcelos), e quer usar a data, a tecnologia, a criatividade e a emoção para potenciar a atração entre as marcas e o consumidor. A apresentação decorreu esta segunda-feira, em Lisboa.

Mariana Lorena sublinhou que o objetivo da nova agência não é trabalhar uma única marca, e adiantou ao +M que a Costa Verde, marca da área da cerâmica, é o primeiro cliente a nível local – que será o foco da agência -, estando a mesma no entanto aberta a trabalhar marcas globais.

Na verdade, foi a integração da JLR na lista de clientes da Hearts & Science como primeiro cliente a nível global, em todos os mercados onde existe a marca, que acabou “por precipitar aquilo que já estava a ser pensado e falado, que era a abertura da Herts & Science cá em Portugal“, explicou Mariana Lorena ao +M.

Algo que acabou por se tornar realidade em abril deste ano, depois de a primeira Hearts & Science ter sido criada nos Estados Unidos em 2016 e de já ter trabalhado com marcas como TikTok, New York Times, Toshiba, P&G, entre outras.

Embora sendo uma agência de meios “de serviço completo”, com o objetivo de falar com todas as tipologias de audiências – independentemente da geração em que se inserem -, a Hearts & Science nasceu com a geração alpha e na era da big data, da tecnologia inteligente e do consumidor 5.0, observa Mariana Lorena.

Portanto todo o seu ADN, todo o seu propósito, é pensado com o intuito de resolver os desafios que lhe são colocados ao nível do marketing e da comunicação devido a estas transformações e a estas alterações. Obviamente que todas as agências se estão a adaptar a esta nova era, mas a verdade é que para a Hearts & Science isto é da sua génese, é do seu ADN, e portanto a sua abordagem é naturalmente diferente“, refere a diretora da agência.

A líder da agência em Portugal acrescenta que esta se propõe a utilizar estas ferramentas relacionadas com as novas tecnologias “para olhar para a media de uma forma diferente, para conseguir requalificar a media de uma forma diferente e com isso criar ligações mais profundas e mais diferenciadas com os seus anunciantes”.

“Acreditamos que ao utilizar estas ferramentas [big data e tecnologia inteligente] e ao aplicarmos isto aos meios, conseguimos ajudar as marcas a trabalhar mais do que a estratégia de media pura e dura, conseguimos ajudá-las a trabalhar a sua estratégia de comunicação como um todo“, explicou ao +M.

A criação desta nova agência assenta em seis pilares, segundo Mariana Lorena. O primeiro está relacionado com as tendências nos consumos dos meios, pelo que “faremos sempre um esforço grande para estar a par da evolução no consumo dos meios”, assegurou.

O segundo está relacionado com o “poder da data“, explicando a diretora da nova agência que existe uma “grande preocupação” em utilizar a data da melhor forma possível porque “só assim podemos criar campanhas que sejam cada vez mais especializadas e segmentadas”, que é aquilo que as pessoas procuram, apontou.

Esta preocupação surge também tendo em conta que os “dados demográficos não são suficientes, temos de usar a data“, explicou ainda Mariana Lorena. O caso de um homem inglês, de 75 anos, rico e que vive num castelo – que tanto pode representar o rei de Carlos III como uma pessoa tão díspar como o músico Ozzy Osbourne – foi o exemplo escolhido para ilustrar o argumento.

O compromisso com a inovação é outro dos pilares sobre os quais assenta a nova agência, a qual faz um “grande esforço” para estar a par das mais recentes novidades tecnológicas, utilizando as ferramentas mais sofisticadas para encontrar soluções diferenciadoras.

O quarto ponto prende-se com o propósito das marcas. Tendo em conta que muitas vezes este não está relacionado com o produto da marca mas com causas que são relevantes para um determinado target, a agência assume que tem de ser capaz de conseguir identificar essas causas. Neste ponto, o brand content e a ativação de marca são vistos como “abordagens indispensáveis” pela Hearts & Science. A adaptação e agilidade, tendo em conta o período muito dinâmico em que nasce, é outra capacidade assumida pela agência.

O último pilar, menos relacionado em específico com esta agência do Omnicom Group Portugal, está relacionado com as redes e recursos, tendo em conta que a nova agência beneficia do facto de se encontrar inserida num grupo “com a dimensão e expertise do Omnicom Group”, disse Mariana Lorena.

Na apresentação, Mariana Lorena resumiu a nova agência numa simples equação: “Hearts + Science = More Value“.

É com “brio, profissionalismo, gosto e alegria muito forte” que a nova agência do grupo chega a Portugal – um mercado no qual, pela escala, a dificuldade de criar e gerir novas agências é particularmente acentuada -, refere Luís Mergulhão, CEO e presidente do Omnicom Media Group Portugal, numa breve intervenção inicial.

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