Metro Mondego volta a executar apenas metade do que tinha programado
Metro Mondego, responsável pelo Sistema de Mobilidade do Mondego executou 49,8% daquilo que tinha programado para 2022; valor semelhante à taxa de execução registada em 2021.
A Metro Mondego, responsável pelo Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), teve uma taxa de execução de 49,8%, “bastante inferior ao projetado“, referiu a entidade responsável pelo SMM que está previsto entrar em funcionamento em 2024, entre Serpins (Lousã) e Coimbra.
“Importa referir que, para este diferencial, muito contribuíram sobretudo — mas não exclusivamente — duas limitações verificadas em 2022”, justificou a Metro Mondego. “Em primeiro lugar, destacam-se os atrasos verificados na publicação da RCM [resolução do Conselho de Ministros] que autorizou os investimentos estruturais; o que ajuda a explicar, consequentemente, uma dilação muito expressiva na consignação da empreitada de construção do PMO [Parque de Material e Oficinas] e na adjudicação do fornecimento do material circulante”, completou.
Para além dos atrasos na publicação da resolução do Conselho de Ministros, a entidade apontou também como fatores que contribuíram para a reduzida taxa de execução “os atrasos verificados na execução da empreitada da Baixa de Coimbra“.
Estamos crentes que, com a progressiva concretização destas intervenções, os habitantes da região de Coimbra começam finalmente a acreditar neste projeto, que é de importância vital para a qualidade de vida da população, para o desenvolvimento do território e para a sustentabilidade global.
Na mensagem do presidente da Metro Mondego, presente no documento, João Marrana realçou também as dificuldades associadas à “conjuntura bastante adversa” face à guerra na Ucrânia.
Apesar dos constrangimentos, o responsável sublinhou que 2022 “foi, sem qualquer margem para dúvidas, um dos períodos da história do SMM em que se registou uma atividade mais intensa“.
“Estamos crentes que, com a progressiva concretização destas intervenções, os habitantes da região de Coimbra começam finalmente a acreditar neste projeto, que é de importância vital para a qualidade de vida da população, para o desenvolvimento do território e para a sustentabilidade global”, vincou João Marrana, no Relatório e Contas publicado recentemente na página de Internet da Metro Mondego.
O presidente sublinhou ainda que 2023 ficará também marcado pelo início do processo de contratação de recursos humanos necessários à operação do sistema, o lançamento de concursos relativos à manutenção de infraestruturas, limpeza de veículos, fiscalização de passageiros e concessão de publicidade.
“Igualmente relevante é o caminho que será necessário percorrer para oferecer uma tarifa intermodal comum, condição sine qua non para maximizar o impacto do SMM na mobilidade regional“, disse.
O SMM consiste na implementação de troços de via dedicada (com algumas exceções em Coimbra), onde vão circular autocarros elétricos que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã, encerrado em janeiro de 2010, e na área urbana de Coimbra, ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo, numa extensão de 42 quilómetros.
A operação no troço suburbano deve arrancar em junho de 2024 e na cidade de Coimbra no final desse mesmo ano.
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