Construtora de Amarante vai abrir delegação no Algarve e quer apostar nas residências de estudantes
Além da aposta no Algarve, onde tem quatro obras no valor de 40 milhões, a TPS está a apostar nas residências para estudantes. A primeira será em Vila Real e representa um investimento de 14 milhões.
A Teixeira, Pinto & Soares, (TPS), empresa de engenharia e construção, vai investir dois milhões de euros para abrir uma delegação no Algarve, no próximo ano. A construtora de Amarante, que quer chegar aos 70 milhões de faturação este ano, tem como objetivo ter presença física em três polos: Norte, Lisboa e Algarve. A empresa conta com uma carteira de encomendas superior a 153 milhões, emprega 185 colaboradores e faturou 48 milhões o ano passado.
“Começámos a trabalhar no Algarve no último trimestre de 2022 e ainda não temos delegação. Já andávamos a pensar entrar nesse mercado e finalmente conseguimos entrar. Neste momento, temos quatro obras na região de dimensão que representam cerca de 40 milhões de euros. Agora andamos a estudar oportunidade de adquirir um terreno e construir a nossa delegação. A nossa previsão é ter no final do próximo ano todas as condições reunidas”, revela ao ECO, o presidente da TPS, Bruno Soares.
A construtora nortenha está a construir no Algarve uma residência sénior em Vilamoura, 22 moradias em banda também em Vilamoura, uma moradia na Quinta do Lago e o aeródromo no Cachopo, que é a única obra pública. “O Algarve é um mercado interessante em termos de obras particulares. Tem grandes volumes de investimento e é constante. Existe consistência no investimento e está mais vocacionado para os estrangeiros”, explica o líder da empresa. Por outro lado, Bruno Soares adianta que o “Algarve é um mercado onde as obras públicas não têm muita expressão”.
Começámos a trabalhar no Algarve no último trimestre de 2022 e ainda não temos delegação. Já andávamos a pensar entrar nesse mercado e, finalmente, conseguimos entrar. Neste momento, temos quatro obras na região de dimensão que representam cerca de 40 milhões de euros.
A construtora tem sede em Amamente e uma delação em Lisboa há 14 anos. As obras em Lisboa representam 65% do volume de negócios da TPS. Da carteira de encomendas, superior a 153 milhões, 75 milhões de euros são obras em Lisboa.
A nível nacional, a TPS tem 18 obras em curso. Azul Boutique Hotel em Gaia, a reabilitação do conservatório nacional de dança em Lisboa, a construção do edifício MIA (UC BIOMED), da Universidade de Coimbra são algumas das obras em curso da construtora nortenha. As obras públicas representam 55% do volume de negócios da empresa familiar.
Na esfera da reabilitação, a empresa tem vindo a angariar vários prémios. Entre as obras premiadas com o prémio de reabilitação urbana estão as obras do teatro Luís de Camões em Lisboa (2019), Termas Romanas de São Pedro do Sul (2021), Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (2022), o Convento do Desagravo em Lisboa e o Cinema Batalha na cidade do Porto (2023).
TPS aposta na construção de residências para estudantes
Além da residência sénior, a construtora está a apostar nas residências para estudantes. A primeira unidade será em Vila Real, vai contar com 280 quartos e representa um investimento de 14 milhões de euros.
“Já estamos a trabalhar na primeira residência de estudantes, temos um plano que esperamos cumprir. A primeira é em Vila Real e, neste momento, estamos a aprovar o projeto. Esperamos começar a empreitada no início de 2024 e o objetivo é, em setembro de 2025, já ter as condições reunidas para receber alunos”, detalha o presidente da TPS, formado em gestão de empresas.
Depois da residência em Vila Real estar concluída, o objetivo é apostar noutras localizações. “Temos um plano para aumentar as residências de estudantes. Queremos pôr esta primeira em funcionamento, perceber o negócio e depois expandir para outros locais“, explica Bruno Soares. Mas, o líder descarta Porto e Lisboa.
Fundada em 1997 por três sócios, a empresa herdou o apelido de cada um deles, Teixeira, Pinto & Soares. Dois anos depois, passou a ser liderada por um dos fundadores — Fernando da Cunha Soares, que é pai dos atuais administradores, Bruno e Pedro Soares, administrador da área de produção e logística.
Desde 2017, a TPS integra a esfera da Latitude Capital SGPS, SA, constituída para agregar um portfólio de empresas no domínio da engenharia e da construção civil ou em áreas confinantes. Para além da TPS, esta holding gere diversas participações sociais em várias empresas: a Década Paralela, fundada em 2015 e a Globaltérmica – Instalações Mecânicas, SA, formada em 2018.
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