Autarca de Setúbal pede intervenção do Governo para travar pressão automóvel nas praias da Arrábida
Município de Setúbal pede ajuda ao Governo para pôr a circular transporte público sustentável de modo a travar pressão automóvel no acesso às praias da Arrábida.
O presidente da câmara de Setúbal pede a intervenção do Governo para travar a pressão do tráfego automóvel às praias da Arrábida, mediante a oferta de um “transporte público permanente e sustentável, com um sistema de monitorização no acesso e circulação”. André Martins insiste ainda na redução do “inaceitável” preço do bilhete da travessia de barco para Tróia que “torna o acesso quase proibitivo” e leva ao aumento da procura pelas praias da Arrábida.
O autarca de Setúbal (CDU) já deu conta à ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, que “são precisas soluções definitivas e permanentes no acesso às praias através do Parque Natural da Arrábida”. O que passa por “estudar e implementar um meio de transporte amigo do ambiente que terá uma frequência muito maior durante a época balnear; mas que deverá garantir o acesso às praias durante todo o ano, limitando sempre a circulação automóvel”, explana André Martins.
Esta também seria uma forma de dinamizar economicamente esta zona durante todo o ano e “não só durante a época estival”, assinala em declarações ao ECO/Local Online. Assim como “aliviar” os cofres municipais do “esforço financeiro superior a 350 mil euros por ano” com medidas de controlo da circulação no acesso às praias da Arrábida. À autarquia compete, por exemplo, a “contratação de meios para controlar a circulação [do trânsito], a requalificação dos acessos e dos estacionamentos. Tudo isto são custos muito significativos”, descreve André Martins.
Autarcas querem reduzir preço da viagem de barco para Tróia
Outra forma de aliviar a pressão de veraneantes nas praias da Arrábida é facilitar o acesso às praias de Tróia. Para isso, será necessário reduzir o preço do bilhete da viagem de ferryboat que “está sempre a aumentar e já custa 9,10 euros ida e volta” praticados pela Atlantic Ferries, empresa do grupo Sonae, defende o autarca.
“Há uma empresa que tem um contrato com a administração portuária e que todos os anos vem aumentando os preços dos transportes da circulação e que torna o acesso [à população] quase proibitivo”, assinala. “É inaceitável custar cerca de nove euros e já transmiti isso ao ministro das Infraestruturas [Miguel Pinto Luz] que ficou sensibilizado”, conta André Martins.
Há uma empresa que tem um contrato com a administração portuária e que todos os anos vem aumentando os preços dos transportes da circulação e que torna o acesso [à população] quase proibitivo.
Os presidentes de câmara de Grândola e de Alcácer do Sal juntam-se ao homólogo de Setúbal nesta reivindicação e já pediram a intervenção do atual ministro das Infraestruturas e ao anterior governante João Galamba. Uma das soluções passa por incluir estas viagens no Passe Navegante tornando-as, assim, mais acessíveis. A Área Metropolitana de Lisboa (AML) também está a par da situação.
Outra das hipóteses em cima da mesa passa pela gestão da travessia ficar a cargo das “empresas que fazem a gestão do transporte no Tejo”, adianta o autarca. “Há a necessidade de, o mais rapidamente possível, fazer esta alteração, mas compreendemos que está ali uma empresa a operar. Tem trabalhadores”, conclui.
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