Quatro negócios mudam de mãos com plataforma de compra e venda de micro e pequenas empresas

Plataforma já contabiliza 1.200 utilizadores e tem em aberto nove oportunidades de negócio. Em dez meses meses de atividade, já foram concretizadas quatro vendas de micro e pequenas empresas.

No ano passado, dois projetos paralelos uniram-se para dar início à Matoaka, uma plataforma online destinada à compra e venda de micro e pequenas empresas. De um lado, estava Sara do Ó (chairman da Ó Capital e CEO do grupo Your) e do outro Paulo Lima e Miguel Marecos. O trio uniu-se para fundar, no início do ano, esta empresa 100% portuguesa. Em dez meses, a Matoaka, que emprega sete pessoas, já concretizou quatro vendas de micro e pequenas empresas. Nos planos está a expansão para Espanha.

Atualmente, a plataforma já contabiliza 1.200 utilizadores e tem em aberto nove oportunidades de negócio. Em dez meses meses de atividade, já foram concretizadas quatro vendas de micro e pequenas empresas com um valor médio de 700 mil euros. Em declarações ao ECO, Paulo Lima, sócio e co-CEO da Matoaka, prevê que até ao final do ano sejam concretizados mais dois negócios.

“Temos abordagens de vários setores, ainda não existe uma tendência. No entanto, os negócios concluídos foram no ramo da publicidade, produtos alimentares, serviços de apoio ao domicílio e equipamentos hoteleiros com produção própria“, explica Paulo Lima. O sócio e co-CEO da Matoaka diz ao ECO que o objetivo para este ano era realizar entre cinco e dez operações. “Tudo indica que vamos conseguir”, constata. O empreendedor afirma ainda que o “grande objetivo para o próximo ano é realizar entre 20 a 30 transações através da plataforma“.

Qualquer pessoa pode registar-se na plataforma através de um pequeno formulário. A partir daí, passa a ter imediatamente acesso às informações financeiras das empresas que estão à venda na plataforma, como receitas, EBITDA, margem de EBITDA, resultado líquido e dívida. Na plataforma, os investidores podem encontrar empresas com avaliações que vão dos 150 mil euros até 1,5 milhões de euros.

Miguel Marecos, Sara do Ó e Paulo Lima, fundadores da MatoakaMatoaka

“A Matoaka está ligada a outras plataformas onde vamos buscar informação económico-financeiro do histórico e onde conseguimos apurar o benchmark de valores de transações realizadas para empresas do mesmo segmento e dimensão”, detalha Paulo Lima.

Para além da plataforma online para a compra e venda de negócios, a Matoaka disponibiliza um produto chamado “Energize”, focado no diagnóstico e aconselhamento empresarial, desenhado para capacitar negócios e impulsionar o crescimento.

O Energize está divido em dois passos: numa primeira fase, a tribo Matoaka e a equipa da empresa juntam-se durante dois dias num hotel para debater e explorar desafios, oportunidades e áreas de atuação. Posteriormente, a equipa da Matoaka entrega em cinco dias úteis um relatório com o diagnóstico e recomendações. Este serviço tem o custo de 7.500 euros.

O nosso foco é dar palco às micro e pequenas empresas e apoiá-las no seu processo de crescimento.

Paulo Lima

Sócio e co-CEO da Matoaka

Depois desta avaliação, as empresas pode avançar para a fase de implementação, na qual é apresentado um plano de ação detalhado e adequado às metas identificadas. Numa segunda fase, são definidos objetivos, prazos e responsáveis pelas tarefas, bem como cadências de análise, avaliação e monitorização do progresso. “Todas as empresas que fizeram o Energize estão a trabalhar connosco”, assegura Paulo Lima, que começou a carreira na Deloitte. “Temos oito clientes ativos, mas o objetivo passa por termos 10 a 20 clientes no campo do Energize, que já pesa 40% na faturação. “O nosso foco é dar palco às micro e pequenas empresas e apoiá-las no seu processo de crescimento“, diz Paulo Lima.

Nos planos está a expansão para Espanha, com Paulo Lima a prever que a meio do próximo ano a empresa já esteja preparada para dar esse salto. “O mercado espanhol é muito idêntico ao nosso e carece de uma plataforma”, refere o co-CEO da Matoaka. Numa primeira fase, a presença no país vizinho será digital, mas a ideia passa por construir uma equipa local.

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