Governo quer apoios a empresas afetadas pelos incêndios pagos até maio

Ministro da Coesão vai encontrar-se nesta quinta-feira com empresários cujas empresas estão em risco de fechar. Mudanças das regras na conceção dos apoios ditou atrasos. Pagamentos só em maio.

Meio ano passado dos graves incêndios que consumiram empresas e habitações nas zonas centro e norte do país, o Governo prevê que em abril ou maio sejam feitos os pagamentos às empresas afetadas pelos incêndios de setembro. A estimativa foi deixada pelo ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, em Mangualde.

Castro Almeida disse estar preocupado com os casos, relatados pelo Jornal de Notícias, de empresas em risco de encerramento devido à demora na atribuição dos apoios prometidos pelo Estado logo após os incêndios.

Ainda hoje, ou amanhã, vou estar com três empresas onde há maior risco de despedimentos por falta de apoios e vou estar com esses empresários a ver se temos forma de acelerar muito a atribuição de apoios do Estado, para evitar que a empresa tenha de fechar, ou evitar o desemprego”, disse Castro Almeida.

O Estado está a aceitar candidaturas por mais 11 dias, e isso explica os casos de subsídios por entregar aos lesados, diz o governante. “Ainda estamos em prazo para apresentação de candidaturas. O prazo termina a 31 de março. É por isso que o processo das fábricas são os mais atrasados”, explica, justificando o atraso na resposta à indústria com a alteração do tempo limite para apresentação de pedidos de auxílio financeiro ao Estado e as mudanças de regras aprovadas pela Assembleia da República, já depois do diploma do Executivo.

Ainda estamos em prazo para apresentação de candidaturas. O prazo termina a 31 de março. É por isso que o processo das fábricas são os mais atrasados.

Manuel Castro Almeida

Ministro Adjunto e da Coesão Territorial

“Foi uma alteração introduzida na Assembleia da República. O Governo fez um Decreto e a Assembleia da República fez posteriormente um outro só no final de fevereiro, alterado regras e prazos. Isso obriga a fazer reanálise dos processos. Em abril, maio, tem obrigação de ficar concluído”, considerou o ministro, que vai estar num périplo por Amarante, Mangualde e Nelas em eventos onde se assinala o ressarcimento dos lesados pelos incêndios de setembro.

Segundo o Jornal de Noticias (acesso pago), várias empresas da zona centro estão em risco de encerramento ou despedimento de trabalhadores devido a atraso na atribuição dos apoios prometidos pelo Estado, e já há mesmo casos de trabalhadores no desemprego. O diário cita duas empresas da zona industrial de Talhadas, em Sever do Vouga, que vivem uma situação difícil, a Kitbanho, que sofreu uma perda total no valor de seis milhões de euros, e a carpintaria Perfimade, cujos danos ascendem em 2,5 milhões de euros.

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