Projeto CoastNet 2030 vai “escutar os sistemas costeiros” no Sado, Tejo e Mondego

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

Projeto CoastNet 2030 envolve o MARE, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Universidade de Évora.

O estuário do Sado é uma das zonas marinhas monitorizadas pelo projeto CoastNet 2030, que visa a recolha de informação, estudo e caracterização de áreas marinhas protegidas, e que foi apresentado em Setúbal nesta quarta-feira.

Coordenado pela investigadora Ana Brito, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), um centro de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação, o projeto tem um orçamento global de 1,1 milhões de euros e prevê a atualização, melhoramento e expansão da rede de monitorização CoastNet, bem como o desenvolvimento de novas aplicações de observações por satélite da zona costeira.

“A manutenção, substituição, tudo o que tem a ver com manter o equipamento que está exposto a todas as intempéries, é um grande desafio”, disse Ana Brito, salientando que o projeto contempla também a instalação de hidrofones nas boias instaladas nos estuários dos rios Mondego, Tejo e Sado, que vão permitir “escutar os sistemas costeiros”.

Segundo Ana Brito, que falava na apresentação do projeto no auditório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em Setúbal, os hidrofones vão ajudar a perceber melhor o impacto do ruído das embarcações nas referidas zonas estuarinas, ajudando a definir respostas adequadas.

O projeto CoastNet 2030, que tem o suporte da infraestrutura de monitorização costeira (CoastNet) e dos dados que já são recolhidos pela referida infraestrutura criada em 2017, pretende cobrir o contínuo aquático, desde zonas estuarinas e lagoas até ao oceano, disponibilizando a informação recolhida num geoportal de acesso livre onde é possível obter e visualizar os dados recolhidos.

Segundo informação do MARE, o plano de trabalho do novo projeto para monitorizar e proteger os ecossistemas marinhos contempla um conjunto de tarefas que vão “melhorar a rede de monitorização `in-situ´ já existente, prevendo a atualização das boias costeiras, a substituição de material degradado ou em fim de vida e a manutenção de equipamento”.

O projeto CoastNet 2030, que está a ser desenvolvido desde janeiro deste ano e que termina nem dezembro de 2026, prevê, ainda segundo informação do MARE, “a instalação de novos sensores, nomeadamente hidrofones para monitorização do ruído marinho, a expansão da rede de monitorização, o desenvolvimento de novos produtos de satélite para monitorização das áreas costeiras e offshore, a atualização e a modernização do geoportal”.

O CoastNet 2030, que envolve o MARE, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Universidade de Évora, é financiado pelo Programa Operacional MAR2030.

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