Bio-MedTech Hub de Braga vai criar 100 empregos e ter 22 laboratórios. Investimento é de 7 milhões de euros

Num investimento de sete milhões de euros, o futuro Bio-MedTech Hub de Braga vai ter 22 laboratórios e criar 100 novos postos de trabalho altamente qualificados a partir de 2028, ano em que deve entrar em funcionamento. As obras estão previstas arrancar em 2026 e já há mais de 20 empresas interessadas em integrar este Centro de Valorização e Transferência Tecnológica (CVTT), segundo avança o município bracarense.

“Mais de 20 empresas já manifestaram formalmente interesse em integrar o Hub como residentes, beneficiando da sua oferta tecnológica e colaborativa, bem como da ligação a parceiros estratégicos e redes internacionais“, adianta a autarquia bracarense.

Entre elas destacam-se startups de referência no panorama nacional e europeu, elenca o município, “como a RUBYnanomed, PeekMed, BestHealth4U e AI4MedImaging — quatro das 16 empresas portuguesas já financiadas pelo EIC Accelerator, programa da Comissão Europeia que apoia startups inovadoras com forte potencial de impacto global”.

Braga prepara-se para consolidar a sua posição como polo europeu de inovação em ciências da vida e da saúde, atraindo investimento, talento e empresas de alto valor acrescentado.

Liderado pela InvestBraga, através da Startup Braga, este equipamento representa um investimento de sete milhões de euros, 65% dos quais financiados por fundos comunitários e os outros 35% pelo município bracarense. No sentido de obter financiamento e assegurar a obra, o município já submeteu a candidatura desta infraestrutura tecnológica ao Programa Regional Norte 2030.

O Bio-MedTech Hub será instalado junto ao Fórum Braga, devendo as obras arrancar em 2026 de modo a entrar em funcionamento em 2028.

“Com o Bio-MedTech Hub, e após a atribuição do título Rising Innovative City pelo Conselho Europeu de Inovação, no âmbito do prémio Capital Europeia da Inovação 2025, Braga prepara-se para consolidar a sua posição como polo europeu de inovação em ciências da vida e da saúde, atraindo investimento, talento e empresas de alto valor acrescentado”, assinala o presidente do município.

Ricardo Rio considera mesmo tratar-se de um “projeto essencial para a afirmação da cidade enquanto referência internacional na economia do futuro”.

Este CVTT “made in Braga” vai ocupar mais de 5.000 metros quadrados, distribuídos por três pisos, para apoiar investigação aplicada, desenvolvimento tecnológico e incubação de startups deeptech nas áreas da biotecnologia, bioengenharia e medicina.

O Hub contará com 22 espaços laboratoriais – incluindo quatro laboratórios especializados em microscopia, microbiologia, biologia molecular e cultura celular –, 16 escritórios, seis salas de reunião (62 lugares) e um auditório com capacidade para 144 pessoas, criando condições para a instalação de cerca de 110 postos de trabalho altamente qualificados.

O projeto reúne um consórcio de parceiros estratégicos, incluindo a Universidade do Minho, o Centro Clínico Académico de Braga, o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, o Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), o instituto CCG/ZGDV, e várias empresas de base tecnológica e conhecimento intensivo.