Madeira vai ter radar para detetar ventos no aeroporto
O radar que permitirá a deteção de ventos no Aeroporto Internacional da Madeira vai entrar em funcionamento a 10 de novembro.
“Estamos a finalizar a entrada em funcionamento do radar LIDAR para poder haver os tais voos mesmo com ventos cruzados“, disse o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, em audição na Assembleia da República, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2026.
“Está instalado [o radar que permitirá a deteção de ventos no Aeroporto Internacional da Madeira] e a partir do dia 10 estará em funcionamento”, adiantou, em resposta a perguntas do deputado Filipe Sousa, do JPP.
Em causa está o MADeira Winds (MAD Winds), composto por um Radar Banda X, um sistema LIDAR e um sistema de processamento que analisa dados meteorológicos com alta precisão, sistema que permitirá um conhecimento da situação no Aeroporto Internacional da Madeira num prazo mais curto e eficaz. Oferece um suporte essencial às decisões operacionais durante as fases mais críticas do voo, nomeadamente aproximação, aterragem e descolagem.
A operação no Aeroporto Internacional da Madeira, localizado no concelho de Santa Cruz, na zona leste da ilha, é frequentemente afetada pelas condições de vento.
Estamos a exigir à ANA [Aeroportos de Portugal] o investimento na aerogare do Porto Santo, que é necessária.
O MADWinds — apresentado em dezembro de 2024 e orçado em 3,5 milhões de euros — terá um período de teste de um ano, durante o qual será avaliado e submetido a ajustes para otimizar o funcionamento face às características do aeroporto da Madeira, o único no mundo cujos limites de vento são obrigatórios — 15 nós –, embora tenham sido impostos em 1964 e definidos com base em estudos que usaram um avião DC3 da II Guerra Mundial, quando a pista tinha 1.600 metros, sendo que atualmente tem 2.781.
De acordo com a NAV Portugal, cerca de 80% das divergências de voos motivadas atualmente pelo vento estão apenas até três nós acima dos limites impostos, pelo que o novo sistema é uma “ferramenta crucial” para uma avaliação mais precisa e potencialmente mais favorável à operação.
O deputado Filipe Sousa reivindicou ligações marítimas e aéreas regulares e acessíveis entre o arquipélago e o continente e que o aeroporto do Porto Santo seja dotado das condições que façam dele uma “alternativa segura e eficaz” ao da Madeira, quando se verifica mau tempo ou em caso de emergência.
“Estamos a exigir à ANA [Aeroportos de Portugal] o investimento na aerogare do Porto Santo, que é necessária”, respondeu o ministro.
A região autónoma dispõe atualmente de dois aeroportos, um na ilha da Madeira e outro na ilha do Porto Santo.
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