Empresas crescem menos depois de operações de M&A
Um novo estudo da Bain revela que as empresas adquiridas registam, em média, uma taxa de crescimento de 22% dois anos após a conclusão da operação, o que compara com 77% no período anterior à compra.
O crescimento das empresas tende a abrandar após serem alvo de uma operação de fusão e aquisição, conclui um novo estudo da Bain & Company, o que pode, indica a consultora, refletir “avaliações demasiado otimistas” e “expectativas desajustadas” por parte dos compradores.
A análise da Bain, com base numa amostra de mais de 250 aquisições de marcas insurgentes na última década, “revela que as empresas adquiridas registam, em média, uma taxa de crescimento de 22% dois anos após a conclusão da operação, contrastando com os 77% observados no período anterior à aquisição“, refere num comunicado divulgado esta segunda-feira.
“Apesar do dinamismo do mercado global de fusões e aquisições (M&A), nem todos os negócios se traduzem em êxito”, aponta a consultora, explicando que esta desaceleração “pode refletir a maturidade natural das marcas adquiridas, mas também avaliações demasiado otimistas e expectativas desajustadas por parte dos compradores“.
Na fase inicial, “muitos sobrevalorizam a saúde da marca e a força da sua proposta de valor, o que leva a uma perceção inflacionada da sua competitividade. Acreditar na rapidez da escalabilidade ou na integração imediata das estruturas adquiridas tende a gerar metas difíceis de cumprir”, acrescenta a consultora, notando que são cometidos “quatro erros recorrentes” durante a integração após a compra.
“Foco excessivo em sinergias de custo sem alinhamento com a nova estrutura; incentivos e KPI direcionados para ganhos de curto prazo; falta de foco nas prioridades, que sobrecarrega as equipas; e subestimação das diferenças culturais e de formas de trabalho”, aponta a Bain.
Dados divulgados na semana passada pela Global Data mostram que as fusões e aquisições continuam em queda este ano e sem sinais de melhoria antes da contagem decrescente do réveillon. A atividade global de M&A contraiu 6%, até outubro, em comparação com os mesmos dez meses do ano passado.
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