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Lucros da Cofina baixam 31,4% para 2,2 milhões de euros. Grupo está a analisar as duas propostas de compra

Carla Borges Ferreira,

As receitas de publicidade da dona do Correio da Manhã e do Jornal de Negócios cresceram 9,2% para os 14,8 milhões de euros. O grupo diz estar a analisar as duas propostas de compra.

A Cofina teve uma quebra de lucros de 31,4%, para 2,2 milhões de euros, no primeiro semestre do ano, anunciou ao mercado esta quinta-feira. O EBITDA foi de 5,9 milhões de euros, uma descida de 10,3%, e o EBIT de 4.3 milhões, menos 9,7% do que no período homólogo.

Os resultados financeiros do primeiro semestre foram negativos em 900 mil euros, que comparam com o meio milhão negativo do primeiro semestre de 2022. A variação nos resultados financeiros é justificada, diz a Cofina, sobretudo “pela variação da taxa de juro que tem vindo a aumentar nos últimos tempos”.

No primeiro semestre de 2023 as receitas operacionais da Cofina ascenderam a 36,9 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 1,7% em relação ao período homólogo. As receitas de circulação registaram 13,4 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 8,7%. As receitas associadas a publicidade, ascenderam a 14,8 milhões de euros o que representa um crescimento de 9,2%. As outras receitas operacionais atingiram 8,7 milhões de euros (-6,7%)“, explica o grupo liderado por Paulo Fernandes no comunicado divulgado na Comissão do mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os custos operacionais, por seu lado, registaram um ligeiro aumento de 0,1%, atingindo 31,0 milhões de euros.

O grupo fechou o semestre com uma dívida líquida nominal de 27,5 milhões de euros, uma redução de 4,1 milhões na comparação homóloga, “sendo o contributo da Cofina Media, subsidiária do Grupo Cofina, no montante de 31,2 milhões de euros”, acrescenta o grupo disputado por Mário Ferreira e também objeto de um Management Buy Out (MBO) dos quadros da empresa e de Cristiano Ronaldo.

Por segmentos, as receitas da CMTV representam 11 milhões de euros, um crescimento de 13,6%. Destas, 6,7 milhões são de publicidade, que cresceu 20,4%. Os custos operacionais situaram-se nos 8,4 milhões (+20,1%), “devido não apenas à inflação generalizada dos custos, mas também ao acréscimo dos custos comerciais por via do aumento das receitas de publicidade”, justifica o grupo. O EBITDA é de 2,6 milhões, uma redução de 3,1%.

No segmento de imprensa, as receitas operacionais do dono do Correio da Manhã, Sábado ou Jornal de Negócios situaram-se nos 25,9 milhões de euros, o que representa uma quebra de 7,1% face ao período homólogo. A circulação caiu 8,7% (para os 13,4 milhões), as receitas dos produtos de marketing alternativo desceram 15,4% (para 4,4 milhões) e as receitas de publicidade situaram-se nos 8 milhões de euros, um crescimento de 1,3%.

“Os custos operacionais foram de 22,6 milhões de euros, registando uma diminuição de 5,8%, apesar do elevado preço do papel e dos custos comerciais por via do aumento das receitas de publicidade”, descreve o grupo. O EBITDA do segmento situou-se nos 3,3 milhões, uma quebra de 15,2%.

No final do documento enviado à CMVM a Cofina refere-se ao processo de possível venda da Cofina Media. “A Cofina encontra-se a analisar a Oferta Vinculativa recebida (da Media Capital) com o mesmo rigor, independência e imparcialidade com que está a analisar a Proposta inicialmente recebida (MBO, por parte dos quadros)“, afirma.

Sem prejuízo do exposto, a Cofina não tomou, à presente data, qualquer iniciativa ou decisão, de alienação das ações representativas do capital social da Cofina Media“, prossegue.

“A gestão do Grupo Cofina continuará a procurar oportunidades de evolução que permitam consolidar a sólida performance financeira que tem apresentado ao longo da sua existência”, acrescenta a dona da Cofina Media, sobre as perspetivas futuras do grupo.

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