Dois terços dos portugueses acham que a inteligência artificial ajuda as empresas a serem mais criativas
Os portugueses são muito positivos quanto ao impacto que a IA terá nas suas vidas, mostrando uma visão mais positiva quando em comparação com outros países, diz a head of business science do GroupM.
Quase dois terços dos portugueses (64%), concordam que a inteligência artificial vai ajudar as empresas a serem mais criativas e 34% não acreditam que esta vá substituir a criatividade humana conclui o estudo “A Perceção da Inteligência Artificial pelos Consumidores”, realizado pelo GroupM e que contou com a participação de 600 indivíduos.
Apresentado no evento “Os Portugueses e a Inteligência Artificial” por Marisa Valente, head of business science do GroupM, o estudo concluiu também que 70% dos portugueses usam a inteligência artificial no seu dia-a-dia, percentagem que sobe para 76% entre os mais jovens (18-44 anos).
A quase totalidade dos inquiridos (96%) afirmam também saber o que é a inteligência artificial e 91% até concordam que esta tecnologia é a nova revolução industrial. No entanto, muitos portugueses não devem saber bem ao certo no que esta consiste, como comprova o aumento das pesquisas pelo tema, referiu Marisa Valente, acrescentando que 55% dos inquiridos tem uma ideia vaga do que é a IA.
O uso da inteligência artificial pelos portugueses traduz-se essencialmente em aplicações relacionadas com o telemóvel e o quotidiano, indo desde o reconhecimento facial e de imagens a chatbots ou recomendação de produtos.
Os portugueses revelaram também considerar uma prioridade o uso de inteligência artificial em áreas mais pessoais e sensíveis, como ser atendido por um médico virtual ou o futuro da educação passar por um ensino dado em plataformas virtuais.
Ao invés disso, os consumidores têm maiores expectativas para uma evolução no uso da IA no que toca a personalização e ao dia-a-dia, como agendas personalizadas, apps que façam poupar dinheiro / tempo e ajudem na tomada de decisão, bem como na resolução de problemas sociais como aqueles relacionados com a saúde, ambiente ou até defesa nacional, explicou Marisa Valente.
Como principais vantagens desta tecnologia, os portugueses listam assim ter um melhor / mais rápido acesso à informação (64%), melhorar a saúde (61%), melhorar a segurança (59%) e facilitar o dia-a-dia / poupar tempo (59%), refere-se no estudo.
Já quanto aos riscos da adoção desta tecnologia, os receios centram-se principalmente em questões relacionadas com a manipulação da informação (83%), a invasão de privacidade através do uso de dados pessoais (81%) e o hacking ou pirataria informática (79%).
A grande maioria dos inquiridos (86%) considera importante regulamentar rapidamente o uso da IA, 85% dizem ser necessário criar um organismo que regule a utilização de IA e 84% gostariam de ver o conteúdo criado por IA devidamente identificado como tal. 37% revelam sentir-se ameaçados pela inteligência artificial.
O estudo revela ainda que 81% consideram a AI uma coisa boa para a sociedade e que trará algo “inspirador” tanto para as pessoas como para as marcas, no sentido em que traz uma abertura à criatividade e proporciona mais tempo às tarefas criativas.
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