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F5C integra EPACA e torna-se a primeira agência portuguesa no clube de lobistas europeu

Carla Borges Ferreira,

A agência de João Tocha tornou-se o 48.º membro da associação de lobistas, na qual estão também consultoras globais como BCW, Edelman, Kreab ou Weber Shandwick.

A First Five Consulting (F5C) é a primeira agência de comunicação portuguesa a integrar a European Public Affairs Consultancies’ Association ((EPACA), associação que integra consultoras que trabalham a área de public affairs com instituições da União Europeia.

A agência de João Tocha tornou-se assim no 48.º membro da associação de lobistas, na qual estão também consultoras globais como BCW, Edelman, Kreab ou Weber Shandwick.

“Ser membro da EPACA é fazer parte de um grupo restrito de empresas do setor, que, em Bruxelas, estão comprometidas com os mais elevados padrões éticos e de prática profissional. A EPACA é reconhecida pelas instituições da União Europeia (UE) e seus membros aderem a um Código de Conduta rigoroso, oficialmente reconhecido, que orienta as suas atividades em assuntos públicos“, comenta com o +M João Tocha.

O fundador da F5C, que já estava no registo de transparência da UE, explica que, ao integrar a associação de lobistas, a agência “vincula-se de forma ética e responsável em todas as suas atividades de consultoria em assuntos públicos, promovendo, assim, a confiança e a credibilidade no setor e juntos dos seus clientes, com transparência, integridade e responsabilidade nas interações com as instituições da UE, os decisores políticos e outras partes interessadas”.

Por outro lado, integrar a EPACA “oferece oportunidades únicas de acesso e networking“, permitindo que os seus membros estejam a par das últimas tendências e regulamentações no campo dos assuntos públicos na União Europeia, “através de um ambiente colaboração e partilha de experiências com profissionais das maiores empresas do setor a nível mundial“, prossegue.

O processo de candidatura a esta associação implica um pedido formal de adesão, reservado apenas a empresas do setor, que é depois submetido à decisão do conselho de administração da EPACA.

Em Portugal, recorde-se o lobbying continua por regulamentar. Caro ao setor da comunicação, que se bate há mais de dez anos pela existência de legislação, a lei chegou a ser aprovado na generalidade a dez dias de cair o Parlamento, o que na prática fez com que a iniciativa ficasse sem efeito.

A falta de regulamentação do lobbying em Portugal, e os constantes adiamentos, levantam preocupações sobre transparência no processo político. Isso pode permitir práticas pouco éticas e influenciar decisões políticas de forma indevida”, aponta João Tocha.

É essencial estabelecer, quanto antes, normas claras para garantir transparência nas interações entre entidades de lobbying e decisores políticos, protegendo a integridade do sistema político em Portugal”, defende o fundador da F5C.

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