Não é fácil ser uma marca nos dias de hoje

  • Daniel Sá
  • 3 Julho 2024

Ao mesmo tempo que as marcas investem rios de dinheiro em influenciadores, num ambiente artificial, no mundo real os consumidores continuam de forma genuína a glorificar ou a destruir marcas.

Nunca as marcas foram tão bem cuidadas como atualmente. Existe hoje na maior parte das empresas um batalhão de gente a cuidar da saúde e bem-estar de cada marca, mas em boa verdade, apesar de tantos cuidados, não é realmente fácil ser uma marca nos dias de hoje.

Nas maiores empresas, equipas de marketing distribuem esforços: equipas de dados varrem com detalhe a concorrência, analisam tendências e auscultam consumidores, copywriters criam conteúdos, criativos elaboram visuais, gestores desenham estratégias, implementam campanhas e medem os resultados.

Com a proliferação de meios para chegar à mente dos consumidores, a perda de eficácia dos meios tradicionais e as potencialidades que a tecnologia trouxe, as equipas de marketing procuraram novas formas de abordar os consumidores.

É neste âmbito que, nos últimos anos, apareceu a figura dos influenciadores como figuras com exposição publica, normalmente ancorados nas redes sociais, capazes de influenciar positivamente, criar goodwill e motivar a compra de determinados bens e serviços.

A fórmula é de tal forma eficaz a nível mundial, que existe até uma tabela de preços para as marcas contratarem influenciadores. A diversidade é tão grande que existe um menu interminável de influenciadores para todo o tipo de públicos, idades, estilos e que usam diferente plataformas.

Claro que, alguns destes influenciadores são mestres na arte de influenciar, enquanto que outros estão ainda a aperfeiçoar as suas habilidades neste campo. Apesar da estratégia de utilizar influenciadores possa trazer resultados muito positivos para as marcas, trata-se de um campo perigoso pois existem vários riscos.

Se por um lado, temos o crescimento notável do mercado dos influenciadores (que não se esqueça, são pagos pelas marcas para influenciar) por outro lado temos o mercado dos consumidores cada vez mais empoderados e também eles com capacidade de influenciar o destino das marcas. Quer positiva quer negativamente.

Apesar do enorme trabalho do batalhão de pessoas a cuidar da saúde das marcas nas empresas a que se junta o trabalho adicional dos influenciadores, a verdade é que o consumidor é quem tem a palavra final no sucesso ou insucesso de cada empresa, de qualquer indústria.

Nos últimos anos, ao mesmo tempo que as marcas passaram a investir rios de dinheiro em influenciadores, num ambiente artificial, no mundo real os verdadeiros consumidores continuam de forma genuína a glorificar ou a destruir as marcas das suas vidas.

  • Daniel Sá
  • Diretor executivo do IPAM

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