O poder da ideia
Uma boa ideia marca, transforma e fica. Quem se deixa apaixonar por boas ideias é um eterno apaixonado, pois a próxima será sempre “a melhor”, até que surge a seguinte.
As pessoas certas, a busca pela verdade e um profundo sentido de missão levam-nos a boas ideias, que podem mudar o mundo.
O mundo da criatividade e do processo criativo fascinam-me. Move-me a forte convicção de que uma boa ideia pode mudar o mundo. Seja numa peça publicitária, num artigo de imprensa, num conteúdo ou numa publicação nas redes sociais… Mas de onde vem uma boa ideia? É comum dizer-se que uma boa ideia vem de um bom briefing e de um bom insight, ambos fundamentais no processo criativo. Apesar de um bom insight ser crucial para que a ideia vá ao encontro de algo novo e relevante, acredito que existem outros elementos fundamentais no processo.
Uma boa ideia espelha a realidade – ou a forma como se interpreta a realidade – de uma dupla criativa ou de uma equipa multidisciplinar mais alargada. Uma boa ideia vem da busca incessante pela “verdade”, que todos temos e que queremos alimentar no outro. E, invariavelmente, uma boa ideia tem a ousadia (e a coragem) de despertar emoções, fazendo a diferença. Acredito firmemente que se sentimos o que comunicamos, também vamos despertar sentimentos no outro. Não necessariamente o mesmo sentimento, pois cada pessoa aplicará a sua “lente de vida”, o que torna este processo mais rico e interessante.
As melhores ideias são aquelas que despertam diferentes reações e que provocam reflexões individuais e coletivas. Quando as reações são sociais e mobilizadoras, ajudamos a melhorar a sociedade em que vivemos. Quando as reflexões são individuais, podemos fazer uma pessoa feliz ou confrontá-la com os seus medos e, quiçá, levá-la a abraçar a vida.
Para despertar emoções, uma boa ideia pede uma boa execução. Porém, no limite, viaja sem ela. O contrário já não se aplica: uma boa execução sem ideia, não tem grande futuro. É bonito, mas efémero. Uma boa ideia marca, transforma e fica. Quem se deixa apaixonar por boas ideias é um eterno apaixonado, pois a próxima será sempre “a melhor”, até que surge a seguinte. Trata-se de um processo permanente de reinvenção, gratificante para uns e desesperante para outros.
Para mim, é gratificante. Digo que trabalho no lado colorido da vida: com o que faz as pessoas sonharem, vibrarem e serem felizes, ao som da sua música favorita ou do seu clube do coração. Trabalho assumidamente com a missão de entreter, emocionar e divertir no presente, no agora. Contudo, o que mais me fascina é trabalhar com a missão de transformar o mundo num lugar melhor amanhã.
Acredito que – com as pessoas certas, a permanente busca pela verdade e um profundo sentido de missão – é possível construir um mundo melhor. As melhores ideias vêm daí, da coragem de vertermos a alma no que se faz.
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