“PortuguesMente” falando
É imperativo que as marcas comecem, aos poucos, a olhar mais para dentro, para o seu consumidor (...) encurtando a distância entre o “nós”, marca, e “eles”, consumidores.
Nos últimos anos, e no meio de uma sociedade cada vez mais bombardeada por publicidade e marcas, o “falar bem português” nunca foi tão importante. Os consumidores procuram, no meio de um mar de estímulos, insígnias que apelam aos seus valores e crenças, que entendem as suas particularidades culturais, a diversidade do Mundo, mas que falem a “sua” língua enquanto identidade. Marcas com o cunho da portugalidade, como é o caso da Delta –- que se posiciona como o “café de Portugal” –, ou o Continente, cuja comunicação se alinha diretamente com os valores e espírito do país, são exemplos de excelência onde as referências de dia a dia e de rotina de uma verdadeira casa portuguesa elevam a afinidade e o sentimento de pertença que conforta o consumidor em cada decisão que toma .
Neste contexto, e tendo por premissa a ligação cada vez mais estreita entre o utilizador e as tecnologias que fazem parte do seu dia a dia, a necessidade de relevância ganha uma importância especial. A valorização deixou de ser apenas do produto ou serviço, mas também da forma como este comunica e se distingue das outras ofertas. E se há algo que pode criar impacto neste momento é o apreço por aquilo que é “nosso”, que nos compreende e que fala a nossa língua.
Embora a tendência do mercado da tecnologia seja cada vez mais adotar um tom único internacional, há uma clara vantagem competitiva de quem arrisca e adota uma abordagem local, trazendo até ao mercado novidades arrojadas, como tradução em tempo real e a capacidade de compreender sotaques, paisagens e nuances únicas do português de Portugal. É uma nova fase de aproximação entre a tecnologia e os consumidores, onde esta passa a falar a “nossa” língua.
Mais do que uma simples introdução do idioma português nos dispositivos que carregamos na mão todos os dias, inovações como estas permitem ao utilizador quebrar barreiras linguísticas, seja numa chamada telefónica ou numa interação diária, destruindo fronteiras físicas impostas pela linguagem e fortalecendo a sensação de que a tecnologia está viva, nos conhece, e respeita as nossas raízes culturais. Esta personificação local representa, mais do que um investimento das marcas, uma vantagem funcional que traz a importância do falar “bem português”.
É imperativo que as marcas comecem, aos poucos, a olhar mais para dentro, para o seu consumidor, para as suas rotinas e necessidades, vendo isto, não como uma vantagem competitiva para o seu negócio, mas a tentativa de uma aproximação aos seus costumes e culturas, encurtando a distância entre o “nós”, marca, e “eles”, consumidores.
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