Quando o streaming e a televisão linear são mais do que a soma das suas partes

  • Jorge Padinha
  • 15 Setembro 2025

Aqueles que veem conteúdos em streaming deixaram de ver televisão linear ou vice-versa? A resposta é simples: não.

No mês em que se celebram 5 anos da chegada do Disney+ ao mercado nacional, vale a pena refletir sobre a forma como vemos televisão. A evolução tem sido muito rápida, com o streaming a ganhar um lugar de destaque no quotidiano das pessoas em todo o mundo e Portugal não ficou para trás.

O ano de 2024 marcou a chegada dos primeiros modelos de subscrição com publicidade em Portugal, sendo o Disney+ o primeiro serviço internacional a comercializar um plano com publicidade no nosso mercado.

Estes desenvolvimentos, a par de outras novidades recentemente lançadas, reforçam o papel central que a televisão e o entretenimento continuam a desempenhar na vida da população portuguesa.

De facto, em 2024, cerca de 85% do consumo televisivo em Portugal efetuou-se através da televisão linear, seja em canais de sinal aberto ou por subscrição. Isto demonstra que as audiências lineares se mantêm robustas, com milhões de pessoas a ver televisão todos os dias. Em paralelo, os serviços de streaming continuam a crescer em número de subscritores, oferecendo conteúdos novos cada vez mais diversos e inovadores, como programas, filmes e séries.

Porém, no fundo, será que isto significa que um formato substituirá o outro? Aqueles que veem conteúdos em streaming deixaram de ver televisão linear ou vice-versa? A resposta é simples: não. Tratam-se de meios complementares. É necessário desmistificar a ideia de que um invalida o outro, pois os dados mostram-nos que o modelo híbrido que oferecemos, que combina televisão linear, Disney+ e outras iniciativas, como eventos locais, constitui hoje uma das abordagens mais robustas para que as marcas possam explorar oportunidades e construir notoriedade de forma consistente.

Flexibilidade e eficácia

A complementaridade entre televisão linear e streaming é evidente na forma como as audiências continuam a valorizar múltiplas formas de acesso a conteúdos. Do lado das marcas, este comportamento reflete-se numa procura crescente por soluções integradas, capazes de contar histórias através de múltiplos ecrãs, em momentos e contextos distintos.

A introdução de modelos de subscrição com publicidade nas plataformas de streaming surge como uma resposta natural à procura por flexibilidade, tanto no acesso a conteúdos, com diferentes níveis de preços, como na oferta de uma oportunidade única às marcas para reforçarem a eficácia da sua combinação de meios.

Mais do que o impacto, o que está verdadeiramente em causa é a qualidade da atenção. Transmitir uma mensagem num ecossistema onde os utilizadores escolhem o que querem ver, quando querem e com quem querem, permite uma comunicação mais adequada aos valores e interesses de cada espectador.

Portugal mostra, mais uma vez, a sua capacidade de adaptação e abertura à inovação. A oportunidade para o mercado está em compreender este novo equilíbrio e acreditar que a força da televisão linear, combinada com a personalização do streaming, pode gerar muito mais valor do que a simples soma das suas partes.

  • Jorge Padinha
  • Ad sales & partnerships director da The Walt Disney Company Portugal

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