Laboratórios Colaborativos já criaram 562 empregos altamente qualificados
Laboratórios colaborativos já contribuíram para a criação de 562 empregos. O financiamento proveniente de vendas e prestação de serviços dos laboratórios aumentou mais de 200% entre 2019 e 2020.
De Norte a Sul do país, existem 35 laboratórios colaborativos (CoLAB) reconhecidos em áreas estratégicas como saúde, energia e sustentabilidade, transformação digital e agroalimentar.
Os Laboratórios Colaborativos já contribuíram para a criação direta de 562 empregos altamente qualificados, 30% são doutorados. Este valor corresponde a 98% da meta prevista até 2023 (576 recursos humanos).
Os laboratórios colaborativos integram 299 entidades parceiras, nomeadamente PME, grandes empresas, instituições de ensino superior e centros de investigação. Os CoLAB estão distribuídos por todo território nacional, com predominância na região Norte (38%), na Área Metropolitana de Lisboa (33%) e na região Centro (18%).
As empresas representam 46% dos associados, com um aumento expressivo da representação das PME, que passaram para 121 (mais 46 do que em 2020), de acordo com dados da Agência Nacional de Inovação (ANI), que acompanha e monitoriza a atividade dos CoLAB.
Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, os CoLAB têm-se revelado uma “oportunidade para que as instituições científicas e académicas, em estreita colaboração com atores económicos, sociais e culturais, contribuam para a construção, em Portugal, de projetos de relevância internacional, com impacto efetivo na sociedade, estimulando a criação de emprego qualificado no país.”
De acordo com o segundo relatório de acompanhamento “Laboratórios Colaborativos – Evolução e integração em Portugal e na Europa”, desenvolvido pela ANI, o financiamento proveniente de vendas e prestação de serviços aumentou de 2,2 milhões para 2,9 milhões entre 2019 e 2020.
Este crescimento exponencial, superior a 200%, evidencia a crescente procura do mercado para as atividades, serviços e tecnologias oferecidas pelos CoLAB. Em 2019, foram os laboratórios do setor Agroalimentar que mais geraram receitas próprias (44% do total). Em 2020, os CoLAB que atuam nas áreas de Energia e Sustentabilidade geraram 37% das receitas e os da Saúde 31%.
“Se pensarmos na rede densa de instituições de I&D em que os Laboratórios Colaborativos se integram e no facto de os mesmos estarem orientados para a implementação de soluções efetivas e com impacto socioeconómico para resolver problemas complexos e de grande dimensão das empresas, percebemos que os resultados que o relatório da ANI apresenta são um forte incentivo para continuar a apostar nesta via”, sublinha a presidente da ANI, Joana Mendonça, no 2º encontro anual de Laboratórios Colaborativos, na Universidade de Aveiro.
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