Governo admite derrapagem no PRR
Mariana Vieira da Silva admite que os objetivos traçados no PRR podem derrapar, na sequência do aumento dos custos das matérias-primas, mas diz que problema não é exclusivo de Portugal.
A ministra da Presidência admitiu, em entrevista ao Público/ Rádio Renascença (acesso livre), que os objetivos traçados no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) podem derrapar, na sequência do aumento dos preços das matérias-primas. Ainda assim, Mariana Vieira da Silva sublinha que este não é um problema exclusivo de Portugal.
“Há um debate — que não é nacional, é um debate europeu –, sobre se é possível manter exatamente os níveis de compromisso com preços diferentes, tendo em conta as dificuldades de acesso à matéria-prima e com uma Guerra na Europa“, adianta a ministra da Presidência, sublinhando que este é “debate inevitável” que acontece “no Portugal 2020 e que também acontecerá no PRR”.
Também o Presidente da República admite que os Estados-membros serão forçados a prolongar a execução do PRR para lá de 2026 devido ao impacto da guerra. “Pode ser que, se a guerra se prolongar muito, que se chegue a conclusão de que a execução dos PRR de todos os países precisa de folga, precisa de mais prazo”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pela RTP3. No entanto, o Chefe de Estado sinalizou que “é tudo ainda muito indefinido porque, em rigor, ninguém sabe bem quanto a guerra pode durar”.
Em entrevista ao Público/Renascença, a ministra da Presidência sublinha, no entanto, que esta situação não “significará” que o PRR não seja cumprido. “O PRR associa uma determinada verba a um conjunto de equipamentos, e construções. [Com os efeitos da crise] o mesmo volume financeiro pode não permitir a construção do mesmo número de habitações”, admite.
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