Obras do Metro de Lisboa custam mais 45 milhões com ligação a Oeiras e trabalhos extra
Expansão da linha vermelha do Metro de Lisboa vai custar mais 25% do que estava previsto. Além das matérias-primas e energia mais caras, projeto ficará mais caro para garantir ligação ao LIOS.
Não foi apenas o agravamento dos custos das matérias-primas e da energia que levaram ao aumento de 25% no preço das obras de expansão linha vermelha do Metro de Lisboa. A ligação do metropolitano à linha intermodal para Oeiras e a realização de trabalhos extraordinários justificaram praticamente metade da subida do orçamento, no valor de 45 milhões de euros.
“Projetos como o da expansão da linha Vermelha são difíceis. Enfrentam dificuldades que não se podiam prever”, justificou o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, durante a audição em comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas.
A expansão da linha vermelha do Metropolitano de Lisboa até Alcântara vai custar mais 25% do valor estimado inicialmente, em fase de estudo de viabilidade (em 2020), o que se traduz num acréscimo ao custo total do investimento de 101,4 milhões, para os 405,4 milhões de euros. As obras serão financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
Está prevista a construção de três novas estações subterrâneas (Amoreiras, Campo de Ourique e Infante Santo) e uma estação à superfície (Alcântara). Poderá haver um acréscimo de 11 milhões de passageiros à rede, só no primeiro ano.
Além da nova estação de metro, Alcântara vai ter uma infraestrutura do sistema LIOS Ocidental, projeto de linha intermodal para ligação a Oeiras através de um sistema ferroviário ligeiro, como o elétrico. O sistema “não foi incluído na estimativa inicial apresentada à estrutura de missão Recuperar Portugal” e contribuiu com 10,4 milhões de euros para o agravamento do custo desta obra.
O investimento “permite viabilizar o LIOS Ocidental sem requerer destruir, no futuro, obra feita no contexto da expansão da linha vermelha ou realizar obra muito mais complexa”. A estação de metro de Alcântara também terá de servir como local de partida e chegada dos autocarros da Carris e da Carris Metropolitana.
Ao orçamento da obra também foram acrescentados 34,4 milhões de euros em “custos associados à conceção do projeto, que obrigou a incluir no programa preliminar posto a concurso uma série de aspetos que não estavam identificados anteriormente”, justificou o secretário de Estado.
A expansão da linha vermelha do Metro de Lisboa tem de ficar pronta até ao final de 2026, conforme avisou o primeiro-ministro no final de janeiro, no lançamento do concurso público para esta obra.
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