Metro do Porto abre novo concurso para comprar 12 autocarros do metrobus
Após o concurso lançado em dezembro não resultar numa adjudicação, a empresa abriu novo concurso para comprar veículos para o metrobus por quase 27,5 milhões de euros.
O Metro do Porto abriu esta quinta-feira um novo concurso público para a compra de 12 autocarros articulados do tipo BRT (Bus Rapid Transit) movidos a hidrogénio verde, depois de nenhuma proposta apresentada no primeiro concurso ter sido validada.
O preço base do concurso é de 27,48 milhões de euros, mais 4,03 milhões do que no concurso lançado em dezembro, e as candidaturas poderão ser enviadas até ao início de agosto, precisamente 30 dias após a data de envio do anúncio publicado em Diário da República. O prazo de execução do contrato é de 15 anos, sem incluir renovações.
Além do fornecimento dos autocarros articulados para servir o metrobus entre a Avenida da Boavista, no Porto, e a rotunda da Anémona, em Matosinhos, o concurso público da transportadora inclui a manutenção dos veículos e as infraestruturas técnicas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável.
As restantes condições do concurso são idênticas às do concurso anterior. O preço continua a ser o critério mais importante, com um peso de 45% na escolha do vencedor, enquanto a capacidade diária de produção de hidrogénio a partir da estação vale 35% e as características e desempenho do autocarro BRT valem os restantes 20%.
No caso do veículo, mantêm-se as ponderações dos cinco subfatores: consumo de hidrogénio (40%); design (40%); potência motriz nominal (10%); isolamento das portas e a posição do eixo motor (5% cada um).
Este novo concurso surge depois de o primeiro concurso, que a Metro do Porto lançou em 19 de dezembro, não ter resultado numa adjudicação, “uma vez que nenhuma das (cinco) propostas apresentadas se verificou ser válida“, justificou uma fonte da transportadora, em resposta ao ECO.
Será a STCP, a empresa municipal de autocarros, a operar o serviço de metrobus e não a Metro do Porto. Os veículos articulados vão circular separados do restante tráfego em toda a Avenida da Boavista, mas vão misturar-se com a circulação normal na Avenida Marechal Gomes da Costa.
O investimento no metrobus é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e ascende aos 66 milhões de euros, sem IVA. Sobre o traçado dos transportes estão previstas paragens na Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império. Para o troço até Matosinhos somam-se as estações Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo, e Praça Cidade do Salvador (Anémona).
Cada uma das estações terá cobertura, máquinas de venda de títulos, validadores, câmaras de videovigilância e equipamento de informação ao público – nomeadamente painéis eletrónicos e informação sonora.
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