Conselho geral fala em bem-estar animal e RTP não pode ir contra isto com touradas
A provedora do telespetador da RTP recebeu, no ano passado, mais de 6.300 mensagens, com destaque para temas como as touradas.
A provedora do telespetador da RTP defendeu que as linhas estratégicas do conselho independente para a estação falam no bem-estar animal, assegurando que o canal não pode ir contra esta questão “quase institucional” com a transmissão de touradas.
“Quanto às touradas, acho discutível, mas não vou entrar nessa discussão. As linhas da estratégia que o Conselho Geral Independente estabeleceu para a RTP falam no bem-estar animal. A partir daí, a situação muda drasticamente“, disse Ana Sousa Dias, em resposta aos deputados, na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.
Hoje em dia, a questão de transmitir ou não touradas não depende da “opinião de A, B ou C”, mas é “quase institucional”, apontou a provedora, assegurando que a RTP “não pode ir contra o Conselho Geral Independente”.
Este órgão, composto por Leonor Beleza, Alberto Arons de Carvalho, Ana Margarida de Carvalho, Isabel Medina, Isabel Pires de Lima e Vítor Caldeira, dedica-se a supervisionar e fiscalizar o cumprimento das obrigações de serviço público de rádio e televisão.
Outro dos temas levantados pelos deputados da comissão de cultura foi a publicidade, com Ana Sousa Dias a afirmar que “há, de facto, um retorno”.
Ainda assim, lembrou que existem limites na estação pública para a publicidade comercial, nomeadamente, um máximo de seis minutos por hora.
No que se refere às chamadas de valor acrescentado, entretanto repostas na estação pública como uma forma de voltar a gerar receitas, a provedora do telespetador garantiu que, pessoalmente, “detesta”.
Ana Sousa Dias destacou ainda o uso deste tipo de chamadas em concursos para ganhar dinheiro, situação perante a qual se tem manifestado contra.
A provedora do telespetador da RTP recebeu, no ano passado, mais de 6.300 mensagens, com destaque para temas como as touradas, apesar de ressalvar que os números são “exponenciados” por campanhas que surgem nas redes sociais.
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