Prisa entra com ação executiva sumária de 1,7 milhões contra a Cofina
Cofina diz não ter conhecimento de qualquer processo. Em fevereiro, a empresa liderada por Paulo Fernandes foi condenada a pagar 10 milhões de euros à Prisa, o que terá acontecido.
A Cofina não tem conhecimento de qualquer processo que tenha sido colocado contra si pela Prisa. A garantia é dada por fonte oficial da Cofina ao +M e refere-se a uma ação executiva sumária que deu entrada no dia 20 de setembro, no Juízo de Execução de Lisboa , na qual a ex dona da Media Capital reclama a quantia de 1,7 milhões de euros aos antigos donos do Correio da Manhã, como avançou o Expresso. O teor do processo não é divulgado no portal Citius.
No final de fevereiro, recorde-se, o Tribunal Arbitral ordenou que os dez milhões de euros que a Cofina depositou em 2019 numa conta escrow do BPI para tentar comprar a Media Capital à Prisa vão ter de ser entregues à empresa espanhola, anterior dona do grupo. A informação foi avançada pela Cofina a 23 de fevereiro, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O mesmo acórdão determinava, contudo, que a Cofina não tinha de pagar quase 87,4 milhões de euros à Prisa a título de indemnização por danos que a empresa “alegava ter sofrido”, avança a empresa.
“O impacto ao nível das demonstrações financeiras consolidadas e separadas consistirá numa redução do total do ativo em dez milhões de euros e numa redução dos resultados do exercício de 2023 no mesmo montante”, reconhecia a Cofina no mesmo comunicado.
A 20 de setembro de 2019, a Cofina e a Prisa assinaram um Contrato de Compra e Venda de Ações para a compra, pela empresa portuguesa, de 100% do capital social e direitos de voto da Vertix, empresa que, à data, era dona de 94,69% dos direitos de voto do Grupo Media Capital, dono da TVI.
No entanto, em 2020, a Cofina desistiu de comprar a Media Capital, justificando a decisão com o insucesso do aumento de capital que iria ajudar a financiar a operação. O clima azedou entre as duas empresas, que se responsabilizaram mutuamente pelo insucesso do negócio.
Mas a Prisa não se conformou e decidiu avançar com um processo no Centro de Arbitragem Comercial da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, exigindo ficar com o montante de dez milhões dado a título de down payment e uma indemnização.
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