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Administrador de insolvência recomenda liquidação da dona da Visão

Carla Borges Ferreira,

Os trabalhadores vão receber esta quarta-feira 25% do ordenado de dezembro. Administrador de insolvência pediu que o plano de Delgado fosse analisado no dia 29, o que foi indeferido.

André Correia Pais, nomeado no início de dezembro administrador de insolvência da Trustin News (TiN), já recomendou ao tribunal a liquidação da dona da Visão, da Exame, da Ativa e da Caras, avançou o próprio ao +M.

A decisão será fundamentada no parecer que entregará no dia 21, oito dias antes da assembleia de credores da empresa, mas, no essencial, André Correia Barros informou no dia 8 de janeiro que a empresa não gera receitas para pagar as despesas. Em simultâneo, pediu ao tribunal para que na mesma assembleia de credores de dia 29 fosse analisada a proposta de plano de recuperação que foi entregue por Luís Delgado no final de dezembro, pedido que foi indeferido.

“Face à situação da empresa, entendo que deve entrar em liquidação. Mas havendo um plano, devia ser apreciado”, aponta.

O objetivo seria, na assembleia de credores, queimar etapas. Ou seja, “o plano podia ser apreciado de forma condicional. Estarão lá dois credores, Autoridade Tributária e Segurança Social, que no conjunto têm mais de 50% da dívida, logo poder de decisão”, diz.

Tendo o pedido sido indeferido — por ainda não ter decorrido o prazo de impugnação da lista de credores –, na assembleia de credores será decidido se se avança para liquidação ou se é marcada uma nova assembleia, que demora sempre no mínimo 20 dias, para analisar a viabilidade de um plano de recuperação. Até lá, e em teoria, a empresa mantinha-se em funções. “Esta indefinição não é boa para ninguém”, resume ao +M.

Entretanto, os cerca de 130 trabalhadores da TiN ainda não receberam os ordenados de dezembro, com apenas 25% do montante a entrar nas suas contas esta quarta-feira, dia 15.

Não me posso afastar é dos factos. A insolvente não gera receitas suficientes para as despesas e a massa insolvente também não está a conseguir gerar receitas suficientes”, comenta, lembrado que no dia 20 há também impostos para pagar, estes já referentes ao mês de dezembro, ou seja, pelos quais é responsável.

Entretanto, para os próximos dias, foi também pedida pelos mandatários de Luís Delgado uma reunião para apresentar o seu plano aos credores. Sobre este, André Correia Pais diz não ter opinião formada, uma vez que ainda não o analisou “do ponto de vista técnico”.

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