Receitas da indústria aeroespacial e da defesa europeia sobem 10,1%
Indústria de defesa viu subir 13,8% as suas receitas, para 183,4 mil milhões de euros, com o número de empregos a subirem 8,6%, para 633 mil pessoas a trabalhar no setor, em 2024, aponta a ASD.
A indústria aeronáutica, espacial e de defesa europeia registou uma subida de 10,1% no seu volume de negócios, para 325,7 mil milhões de euros, no ano passado, com o setor de defesa a registar um crescimento de 13,8%, para 183,4 mil milhões de euros, apontam os dados divulgados esta terça-feira pela ASD. Setor já emprega mais de um milhão de europeus.
“Os nossos setores não são apenas vitais para a economia europeia. Eles são, antes de mais, essenciais para a segurança, a conectividade e as ambições de sustentabilidade da Europa — em última análise, para sua soberania e posição no cenário global, em meio a um panorama geopolítico e tecnológico em rápida transformação e cada vez mais imprevisível”, diz Micael Johansson, presidente da ASD e CEO da Saab, citado em comunicado.
“A Europa continua a ser líder mundial em aeronáutica civil — um dos poucos setores de alta tecnologia em que a Europa ainda lidera globalmente — mas essa liderança não pode ser dada como certa. Uma estratégia industrial da UE para a aeronáutica civil é urgentemente necessária para salvaguardar essa posição, proteger empregos altamente qualificados e acelerar a transição para voos neutros em carbono”, atira o responsável da associação que reúne mais de quatro mil empresas em 21 países.
Europa continua a ser líder mundial em aeronáutica civil — um dos poucos setores de alta tecnologia em que a Europa ainda lidera globalmente — mas essa liderança não pode ser dada como certa. Uma estratégia industrial da UE para a aeronáutica civil é urgentemente necessária para salvaguardar essa posição.
“A Europa deve continuar a fortalecer a sua base industrial de defesa para que possa desempenhar seu papel na construção do pilar europeu da NATO e no fortalecimento da segurança e da dissuasão europeias. A indústria de defesa europeia já provou ser capaz e estar pronta para ampliar ainda mais a produção, a fim de fornecer capacidades operacionalmente superiores para atender às necessidades atuais e futuras”, refere ainda.
“Investir nas nossas indústrias é investir na competitividade, sustentabilidade, resiliência e segurança da Europa. O próximo orçamento plurianual da UE deve refletir isso como uma prioridade”, sintetiza.
Os dados do setor — com base numa análise de mais de quatro mil empresas pelo S&P Global Market Intelligence — revela que no ano passado, globalmente, a indústria subiu 10,1%, para 325,7 mil milhões de euros de receitas, tendo esse crescimento se refletido igualmente no aumento do emprego: 1,103 milhões de postos de trabalho, o “valor mais alto alguma vez registado”, destaca a ASD.
“Incluindo os efeitos indiretos e induzidos, as indústrias apoiaram quase 4,2 milhões de empregos e 779 mil milhões em atividade económica em toda a Europa.”
A Europa deve continuar a fortalecer a sua base industrial de defesa para que possa desempenhar seu papel na construção do pilar europeu da NATO e no fortalecimento da segurança e da dissuasão europeias. A indústria de defesa europeia já provou ser capaz e estar pronta para ampliar ainda mais a produção, a fim de fornecer capacidades operacionalmente superiores para atender às necessidades atuais e futuras.
A aeronáutica civil gerou um volume de negócios de 129,1 mil milhões de euros, uma subida de 6% em relação ao ano anterior, com o número de postos de trabalho a crescer 4,7%, para 406.300 empregos.
Já a indústria de defesa viu subir 13,8% as suas receitas, para 183,4 mil milhões de euros, com o número de empregos a subirem 8,6%, para 633 mil pessoas a trabalhar no setor, com o crescimento a ser praticamente idêntico na área naval, terrestre ou aeronáutica.
“O emprego no setor espacial atingiu o recorde de 66.100 postos de trabalho, com um volume de negócios de 13,3 mil milhões de euros, aproximando-se dos níveis pré-pandemia”, informa a ASD.
O investimento em R&D, apoiado por iniciativas da indústria e do governo, também cresceu (+9,4%), para 25,2 mil milhões de euros, “embora a Europa ainda esteja atrás de seus concorrentes globais em gastos com inovação”. Já os serviços registaram 89 mil milhões em faturação e 77.000 empregos.
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