A marca de água do sistema financeiro
A ‘máquina do dinheiro’ precisa de óleo para estar bem afinada, ou seja, regras e ética, mas também agilidade estratégica para saber acompanhar os novos tempos e os novos caminhos do dinheiro.
O Banco de Portugal é a marca de água no sistema financeiro nacional. Desde este mês que tem um novo Governador, Álvaro Santos Pereira. A credibilidade, estabilidade, segurança e a confiança são fundamentais para uma instituição estruturante para a economia como esta.
Nesse sentido, a ‘máquina do dinheiro’ precisa de óleo para estar bem afinada, ou seja, regras e ética, mas também agilidade estratégica para saber acompanhar os novos tempos e os novos caminhos do dinheiro.
O sistema financeiro mudou, e muito. No passado, a instituição revelou-se, por vezes, lenta a reagir. Mas uma maior cooperação com o Banco Central Europeu, desde 2017 e já nesta década, tem ajudado na evolução da forma de estar do regulador e na implementação da regulação em Portugal.
Hoje, com novos players no mercado, como o BPCE que comprou o Novo Banco, com a desmaterialização do dinheiro, com a avalanche da inteligência artificial (e as limitações no uso da mesma por parte dos bancos), com uma economia comportamental em profunda transformação, a marca Banco de Portugal precisa de ar fresco, inovação, rejuvenescimento e a prudência certa, sem que a mesma represente um colete de forças.
Serão muitos outros os desafios para todo o setor financeiro, como por exemplo colocar o cliente (ainda mais) no centro, hiperpersonalizar a relação, maximizar o potencial dos dados, focar na eficiência, gerir a pressão financeira face às baixas taxas de juro e, no meio de tudo isto, digerir a instabilidade geopolítica na Europa e no mundo. O caderno de encargos é grande para o setor, para o Banco de Portugal também.
Muito se espera do novo Governador. Na recente cimeira do dinheiro da EY, os banqueiros pediram acima de tudo estabilidade. Separando as águas entre política e economia, bastará deixar o sistema financeiro estável e reforçar a confiança como marca de água para o futuro.
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