Sustentabilidade? Isso é marketing

As marcas, o marketing e a publicidade sempre tiveram um papel crucial na sociedade. Ao longo dos tempos, os guardiões das marcas sempre mantiveram o seu olhar no futuro, antecipando tendências, analisando comportamentos sociais, adaptando a sua estratégia para impactar da forma mais eficiente possível o consumidor.

Hoje vivemos num mundo em nada diferente do passado. Vivemos, sim, num mundo hiper. Hiper acelerado, hiper (in)consciente, hiper (in)sustentável, hiper.

O desafio para as marcas é também hiper: como adereçar um mundo fragmentado, polarizado, incerto e acelerado, mantendo a preferência de um consumidor que é hiper complexo?

Muitas marcas, nos últimos anos, decidiram comunicar o seu papel social, apostando na “sustentabilidade”. Afinal o que é isso? A sustentabilidade, por definição, deve satisfazer as necessidades do presente, nunca comprometendo a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas.

Às marcas é-lhes hoje exigido um compromisso social, um papel ativo na integração de comunidades, criando cada vez mais valor para toda a cadeia.

No meu entender, este é um caminho sem volta a dar, mas que será ajustado. O consumidor continuará a preferir (quando pode!) marcas que garantem a contribuição para um mundo melhor. Há marcas que serão reconhecidas pelo seu ativismo social, outras encontrarão um papel mais modesto, umas continuarão a comunicá-lo de forma mais audível, outras não. Acredito, no entanto, que o futuro não passará apenas pela comunicação de um marketing do propósito sustentável, mas cada vez mais pelo marketing da verdade.

O mundo pede-nos que deixemos de lado os artifícios de outros tempos, os subterfúgios, as perdas de tempo com mensagens complexas, as embalagens cheias de cores que pouco dizem, a não ser gritos de chamada de atenção. O consumidor continua a querer que lhe resolvam o seu problema. E os problemas são cada vez mais complexos, diferentes e únicos.

Caro Marketeer, olhe à sua volta e tenha coragem de escolher: propósitos vazios não são sustentáveis. A verdade é.