Barco Moliceiro inscrito como Património Cultural Imaterial

A Direção-Geral de Património Cultural anunciou a inscrição, como registo de salvaguarda urgente, do “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro”, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, divulgou, esta terça-feira, a autarquia de Aveiro liderada por Ribau Esteves.

Segundo o município de Aveiro, “a inscrição no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial é mais um passo em frente na ambição de elevar o «Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro» a património cultural imaterial da Unesco, assumida pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) desde o primeiro momento do projeto”.

Para o registo de salvaguarda urgente do moliceiro em muito contribuiu “a relevância da manifestação para o desenvolvimento sustentável nos territórios onde se pratica”, lê-se na publicação oficial, em Diário da República (DR), de 15 de dezembro, segundo a autarquia social-democrata. Além da “importância da manifestação enquanto reflexo da identidade da comunidade, grupos e indivíduos que a praticam e se encontram associados”.

O mesmo anúncio do DR destaca “a dimensão histórica, social e cultural na área territorial em que se insere” esta embarcação assim como as “atuais características do contexto de transmissão do saber-fazer, que acarreta riscos passíveis de comprometerem a sua continuidade, a curto e médio prazo”. Por isso mesmo, é de apostar na implementação de “medidas de salvaguarda e valorização preconizadas na viabilidade futura do saber-fazer em questão“.

Este processo dos moliceiros da Veneza portuguesa começou em 2021, contando com a assessoria do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT), para “valorizar e preservar a arte e o saber-fazer dos mestres construtores e pintores da região”, resume o município de Aveiro.