Tecnológica do Porto fatura quatro milhões com cibersegurança

Num ano marcado pelo aumento exponencial do número de ciberataques, a VisionWare, empresa tecnológica portuguesa dedicada à segurança de informação e cibersegurança, fechou o ano passado com um volume de negócios de quatro milhões de euros, o que representou um crescimento de 22% face ao ano transato.

Para fazer face à maior procura, a empresa contratou no ano passado 30 colaboradores e promete não ficar por aqui. Com 82 pessoas nos escritórios no Centro Empresarial de Lionesa, no Parque das Nações (Lisboa) e na cidade da Praia (Cabo Verde), vai contratar entre 15 a 20 pessoas até ao final do ano: cinco delas para Portugal e as restantes no país africano. Ao ECO/Local Online, a VisionWare indica que está a contratar nas áreas de cibersegurança, SOC & CSIRT, análise/investigação forense e privacy & legal. O objetivo da tecnológica é chegar aos 100 colaboradores.

“Este notório crescimento e positivo desempenho da empresa, o qual nos deixa tão orgulhosos, foi potenciado pelos inúmeros acontecimentos mediáticos registados ao longo do último ano e que vieram validar a importância crucial da implementação de modelos de governance e de estratégias de cibersegurança (e segurança da informação) no plano anual e nas decisões das empresas e organizações, qualquer que seja a sua dimensão”, afirma Bruno Castro, fundador e CEO da VisionWare, que já trabalhou em empresas como a Critical Software ou Novabase.

A tecnológica liderada por Bruno Castro, licenciado em Engenharia Eletrotécnica e mestre em Engenharia Informática, está a apostar na contratação e retenção de talento feminino e, desde 2020, aumentou o número de colaboradoras em 27%. São agora 36% do total. A VisionWare, que tem também Filipe Custódio como cofundador, avança ainda que 26% dos cargos de liderança e gestão são ocupados por mulheres.

A VisionWare foi fundada em 2005, é detida a 100% por capitais portugueses e já desenvolveu mais de 5.000 projetos. A empresa detém operações comerciais em diversos países de África, Médio Oriente, Europa e América Latina, sendo que o mercado externo representa cerca de 30% no volume global de negócios da empresa.