Publicidade representa mais de dois terços das receitas das aplicações móveis
A América do Norte foi a região que atraiu mais publicidade nas aplicações móveis, com perto de metade do total, seguida pela Ásia com 23% (China não está incluída), e pela Europa, com 19%.
Em 2022 e globalmente, dos 500 mil milhões de dólares (cerca de 464 mil milhões de euros) de receita das aplicações móveis, 67% (cerca de 311 mil milhões de euros) veio da publicidade nas aplicações. Já as compras dentro das próprias apps representaram cerca de 33%, ou seja, cerca de 153 mil milhões de euros.
Estas são algumas das conclusões do relatório “State of App Revenue“, da Data.ai, que revelam também que enquanto o investimento em publicidade cresceu 14% face a 2022, o valor das compras dentro das aplicações desceu 2%.
O estudo indica que dentro das receitas geradas através de publicidade, 65% foram para outros tipo de aplicações que não de jogos, enquanto as aplicações de jogos amealharam os restantes 35%. Já quanto às compras realizadas dentro das aplicações, o cenário inverte-se com os jogos a representarem a maior fatia (66%), tendo as restantes aplicações ficado com 34%.
Outra das conclusões do relatório é a de que a América do Norte foi a região onde as aplicações móveis registaram maior receita através de publicidade, com perto de metade do total, seguida pela Ásia com 23% (China não está incluída), e pela Europa, com 19%.
O ranking de aplicações onde entrou mais dinheiro (receitas totais, entre publicidade e compras dentro das apps) é liderado pelas redes sociais, encabeçadas pelo Facebook, seguido pelo Instagram, YouTube, TikTok e Snapchat. Entre as primeiras dez aplicações, apenas uma é de jogos, nomeadamente o Candy Crush Saga, que ocupa o nono lugar neste ranking.
No total, o ranking é assim composto por Facebook, Instagram, YouTube, TikTok, Snapchat, Twitter, LinkedIn, Pinterest, Candy Crush Saga e Tinder.
Entre as 20 aplicações com maiores receitas, 65% utilizam tanto compras dentro das aplicações como a publicidade como fontes de receita, sendo que alguns jogos como o PUBG Mobile ou o Candy Crush, têm optado por esta estratégia. Já no caso do YouTube, por exemplo, 90% da sua receita advém da publicidade, pelo que apenas 10% resulta de compras na aplicação.
Entre os dispositivos com sistema operativo iOS, no primeiro trimestre de 2023, 30% das receitas das apps vieram de subscrições, registando-se um aumento face à percentagem registada no mesmo período do ano passado (27,6%).
Por outro lado, 98% dos investimentos feitos em aplicações de jogos tiveram origem em compras isoladas, sistema que está a ser crescentemente enquadrado nas aplicações não-gaming, devido em grande medida ao sucesso do modelo económico do TikTok, refere o relatório, apontando que esta rede social, nos Estados Unidos da América, é a que mais faturou em compras isoladas, seguida por nove jogos.
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