AD lidera engagement no Facebook, X e Instagram. Pedro Nuno tem dobro dos seguidores de Montenegro
A Aliança Democrática (AD) tem as melhores taxas de engagement entre coligações e partidos no Facebook, X e Instagram. Pedro Nuno Santos é o líder com mais seguidores.
Os partidos de direita têm quase o triplo das interações nos seus conteúdos do que os partidos da esquerda. Mesmo sem o “efeito Ventura” — isto é, excluindo da direita as páginas do Chega –, a AD (PSD, CDS e PPM) e a IL somam uma média de 540 interações, em comparação com PS, BE, CDU (PCP e PEV), Livre e PAN, que têm uma média de 354 interações.
A análise foi faz parte do estudo Análise da Conversação Social Eleições Legislativas 2024, elaborado pela LLYC, que estudou a presença e alcance dos partidos com assento parlamentar e dos seus líderes nas diferentes redes sociais. O X, Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e Threads foram as plataformas monitorizadas entre 1 de janeiro e 29 de fevereiro.
Assim, e analisando os conteúdos dos líderes partidários, a média de interações dos líderes de direita é seis vezes superior à média de interações dos líderes da esquerda. Aqui, a presença de André Ventura é determinante para o resultado, porque, sem as páginas do líder do Chega, os candidatos da direita praticamente igualam os de esquerda, realça o estudo.
André Ventura é o político que, de longe, soma mais interações, em média, no Instagram e no TikTok – nesta última plataforma, aliás, há vários políticos que não estão presentes. É também o candidato com mais seguidores nestas plataformas, deixando a larga distância os restantes candidatos.
Por outro lado, considerando a taxa de interação, Luís Montenegro é quem mais se destaca no Instagram, enquanto Inês Sousa Real apresenta a melhor performance no TikTok, “o que indica que estes candidatos apresentam uma interação superior ao expectável face ao seu número de seguidores”, enquadra a LLYC. Em sentido contrário, o PCP é o partido que mais publica, mas também o que tem mais dificuldades em ser atrativo, mostram os dados.
Entre as conclusões está ainda o facto de o PS, PSD e BE priorizarem formas de comunicação mais tradicionais, tal como os seus candidatos, com Pedro Nuno Santos, Luís Montenegro e Mariana Mortágua a terem um maior volume de publicações no Facebook do que em qualquer outra rede social. Em sentido contrário, PCP, IL e PAN não utilizam o Facebook como principal ferramenta de comunicação online.
A AD tem as melhores taxas de engagement entre coligações e partidos no Facebook, X e Instagram e apresenta a melhor relação entre volume de publicações e engagement rate, destaca também nas conclusões o documento.
O X, antigo Twitter, é uma rede utilizada por todos os partidos. A Iniciativa Liberal apresenta o maior número de seguidores, com 79,1 mil. O PSD é a segunda força política (69,7 mil), seguida de PS (62,7 mil) e Chega (57.5 mil). Pedro Nuno Santos tem mais do dobro dos seguidores de Montenegro – 41,8 mil vs 19,2 mil -, mas as publicações do líder do PSD geram mais engagement (2,21% vs. 0,93%) e mais interações (426 vs 391). No geral, a taxa de engagement nesta rede é baixa, nota o estudo.
Para a maior parte dos partidos, o TikTok é a rede que apresenta uma melhor taxa de engagement, mas apenas Pedro Nuno Santos, André Ventura e Inês Sousa Real têm conta própria nesta rede.
Para a produção do estudo, a LLYC desenvolveu-se uma análise quantitativa de todas as publicações de partidos e candidatos através de ferramentas como WeLovRoi, conjugadas com a análise manual da equipa. O número de seguidores, taxa de interação (interações/número de seguidores x 100) e média de interações por publicação e número de publicações nestes dois meses são os principais indicadores produzidos.
(notícia retificada às 18h21)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.